Por thiago.antunes

Rio - Em meio à crise deflagrada com as delações do grupo JBS que envolvem o presidente Michel Temer, aliados garantem que as reformas Trabalhista e Previdenciária vão continuar em andamento normalmente.

As afirmações do aliados tiveram impacto imediato no mercado financeiro: a Bovespa fechou ontem queda de 1,5%, a 61.673,49 pontos. O destaque do pregão foram os papéis da JBS, que despencaram 31,34%. Já o dólar fechou em alta de 0,59%, cotado a R$ 3,276.

O presidente do PSDB e da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, Tasso Jereissati (CE), anunciou juntamente com o relator da Reforma Trabalhista, o tucano Ricardo Ferraço (ES), que o parecer do projeto será lido normalmente na Comissão Especial hoje e que o calendário de tramitação da reforma está mantido. Ferraço havia dito que devido à crise não havia mais clima para votação.

“A reforma não é uma questão de governo, mas de país. Nosso compromisso é mostrar que estamos trabalhando normalmente e que os acontecimentos políticos independem do nosso trabalho. Vamos dar seguimento à reforma”, afirmou Jereissati.

Outro aliado de Temer, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), anunciou que a Reforma da Previdência começará a ser votada em plenário entre 5 e 12 de junho. Por se tratar de mudança na Constituição, a proposta precisa passar por duas votações no plenário e, para ser aprovada, ter pelo menos 308 votos favoráveis.

Maia admitiu que o Brasil vive uma crise muito grande. Mas que necessita ser superada com “muita paciência e diálogo”. Ele acrescentou que esse é um momento delicado e que cabe aos presidentes dos poderes cumprirem seus papéis. “À Câmara, cabe legislar e vamos legislar para garantir a estabilidade do país”, disse.

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