Rio - Os preços da gasolina e do óleo diesel vão sofrer redução nas refinarias de 5,4% e 3,5%, respectivamente. O anúncio foi feito nesta quinta pela Petrobras. Nos cálculos da estatal, se a alteração for inteiramente repassada aos postos, o litro do diesel poderá ficar 2,2% mais barato, ou cerca de R$ 0,07 por litro, em média. Já o preço da gasolina dos postos poderá cair 2,4% ou R$ 0,09 por litro, em média.
Segundo pesquisa semanal da Agência Nacional de Petróleo (ANP), o preço médio do litro da gasolina no Município do Rio está em R$ 3,881. O do diesel é de R$3,068. Mas para o consumidor final sentir no bolso a redução é necessário que revendedoras e donos de postos repassem a queda, o que nem sempre acontece.
O reajuste anterior de preços tinha sido anunciado pela Petrobras em 20 de abril. Naquela ocasião, os preços do diesel e da gasolina nas refinarias subiram 4,3% e 2,2%, respectivamente.
Em comunicado, a estatal explicou que a concorrência com combustíveis importados motivou a redução dos preços. A Petrobras frisou ainda que os novos valores continuam com “margem positiva em relação à paridade internacional” e sinalizou que poderá aumentar a frequência dos reajustes.
“A decisão foi guiada predominantemente por um aumento significativo nas importações no último mês, o que obrigou ajustes de competitividade da Petrobras no mercado interno. Conforme princípio da política em vigor, a participação de mercado da empresa é um dos componentes de análise considerado”, informou a nota.
Segundo a agência Estadão Conteúdo, a importação de gasolina por terceiros para o mercado interno cresceu de 240 mil metros cúbicos em fevereiro para 419 mil em abril. O aumento é de 74,6%. Na nota, a Petrobras ressalta que há “previsão de manutenção em torno deste nível em maio”.
Já a importação de diesel saiu de 564 mil metros cúbicos em fevereiro para 811 mil em abril, alta de 43,8%. Conforme a empresa, a previsão é que o volume de diesel importado passe de 1 milhão de metros cúbicos em maio.
“Com isso, as refinarias da Petrobras podem chegar a um fator de utilização abaixo do último dado divulgado pela companhia em seus resultados trimestrais, que foi de 77%”, diz a nota.