Rio - Imóveis retomados pela Caixa Econômica Federal de mutuários que não conseguiram pagar o financiamento e consórcio imobiliário também estão presentes no 13º Feirão Caixa da Casa Própria, que vai até amanhã, no Pavilhão 2 do Riocentro, na Barra da Tijuca.
Quem comprar uma das unidades em poder da instituição levará vantagem ao pagar um valor abaixo do mercado. O preço mínimo é de R$ 30.600 para adquirir um imóvel em Guaratiba, com valor de avaliação de R$ 102 mil, uma queda de 70%. O mais caro sai por R$1,2 milhão no Jardim Guanabara, na Ilha do Governador. São 500 unidades ofertadas pela Caixa.
De acordo com o banco, há atendimento exclusivo para esses imóveis durante o feirão. Os interessados também contam com financiamento. Mas vale lembrar que boa parte das unidades está ocupada e é preciso tirar a pessoa que ainda mora no imóvel. Segundo especialistas, mesmo com esse gasto vale a pena investir na compra.
Foi o que fez a corretora de imóveis Ana Paula Barbosa, 46 anos, que adquiriu um imóvel retornado e vai alugá-lo. Ela aproveitou as condições do feirão e comprou ontem, primeiro dia do evento, um apartamento na Glória.
“Comprei a minha primeira casa, onde moro, desse jeito e agora estou aproveitando para investir. Vale muito a pena, pois o custo-benefício compensa. Mesmo tendo que pagar as despesas para tirar quem está no imóvel. Paguei R$ 229.740 e o valor de avaliação é de R$ 340 mil”, conta Ana Paula, que teve redução de 30% no preço.
Já o consórcio é para quem não tem pressa de se mudar, pois o sorteio acontece mensalmente. O ideal é dar lances para ter o bem mais rápido. O FGTS pode ser usado. Além disso, o feirão oferece 20.496 imóveis, novos, usados e na planta, financiamento aprovado na hora, além de juros mais em conta a partir de 5% ao ano mais Taxa Referencial (TR) e pagamento de até 35 anos.
Nos empréstimos com recursos do fundo, o percentual pode chegar a 90% e com dinheiro da caderneta de poupança, cai a até 80%. Em alguns casos, o interessado comprará uma unidade sem ter que dar entrada, ou seja, usando o FGTS.
No estande do empreendimento Ekos Monjolos, por exemplo, em São Gonçalo, os imóveis são vendidos a partir de R$ 118 mil, com subsídio de até R$ 29 mil, com ITBI e registro grátis. Já a Azul Construções oferece mais de 300 unidades dentro e fora do Minha Casa, Minha Vida.
Entre os destaques está o primeiro empreendimento da faixa 1,5 do programa de seu portfólio, o Residencial Diamantino, em Santíssimo, com 160 apartamentos de dois quartos. O subsídio pode chegar a R$47.500. A área de lazer contar com piscina e playground.
Os imóveis disponíveis no feirão estão em bairros como Tijuca, Méier, Água Santa, Vila da Penha, Del Castilho, Maria da Graça, Inhaúma, Campo Grande, Jacarepaguá, Barra da Tijuca, Recreio, Cosmos, Realengo, Colégio, Santa Cruz, e em Duque de Caxias, Nova Iguaçu, Belford Roxo, Queimados e São Gonçalo.
Entrada pode ser parcelada
Já a MRV Engenharia marcará presença com mais de mil imóveis entre unidades prontas, semi prontas e lançamentos, nas zonas Norte e Oeste, em bairros como Campo Grande, Santa Cruz e Cosmos. Os preços são a partir de R$ 144 mil.
O feirão reunirá ainda condições exclusivas para pagamento que incluem parcelamento da entrada em até 36 vezes e subsídio de até R$ 47 mil para os imóveis que se enquadram no Minha Casa, Minha Vida, entre outras facilidades.
O vigilante Jackson Jorge Santos, casado há 20 anos, conseguiu comprar a a casa própria ontem no feirão. Ele estava com restrição no nome e aproveitou o dinheiro que sacou da conta inativa do FGTS para limpar o nome e realizar o sonho de ter um imóvel.
Segundo o trabalhador, o valor da prestação é menor do que o aluguel que ele paga mensalmente. Ele comprou um apartamento da MRV no bairro de Cosmos, na Zona Oeste.