Rio - Quem estiver à procura de imóvel para alugar no Rio deve aproveitar o atual momento, em que os preços estão em queda. A dica é bater perna que vai conseguir a nova moradia com valores mais em conta.
Levantamento feito pela DMI-VivaReal aponta que o preço médio do metro quadrado para aluguel na cidade atingiu R$ 32,78 em maio deste ano, com redução de 1,65% em comparação com o mesmo período de 2016 (R$ 33,33).
Em comparação com o mesmo mês neste ano, só a Ilha do Governador (0,8%) registrou valorização no preço do m² para aluguel em maio. Imóveis da Zona Central (-0,2%) e da Zona Sul (-1,4%) ficaram, em média, mais baratos para locação. Já os preços nas zonas Oeste e Norte se mantiveram estáveis.
Os bairros cariocas que apresentaram maior valorização no metro quadrado para aluguel em maio foram Leme (4,2%) e Vargem Grande (2,9%), segundo o levantamento. Na Zona Oeste, o Anil (1,44%) e Tanque (1,12%), em Jacarepaguá, foram os que menos subiram os valores dos imóveis.
A pesquisa feita pelo portal imobiliário entre mais de dois milhões de unidades, que estão para alugar, revela ainda que os bairros cariocas com desvalorização para aluguel são: Lagoa (-3,5%), Centro (-2,9%), Gávea (-2,6%), Praça Seca (-2,3%), Flamengo (-2,1%), Pechincha (-2%), Leblon (-2%), Ipanema (-1,8%), Botafogo (-1,6%) e Vila Isabel (-1,6%).
Nestas regiões, dependendo do poder aquisitivo de cada um, pode-se encontrar imóveis que variam de R$ 17 mil, o mais caro (Lagoa), a R$ 2,5 mil, o mais baixo (Pavuna). O preço médio nacional do aluguel, de acordo com o levantamento do DMI-Viva Real, ficou em R$ 22,78/m² em maio.
O bairro do Leblon se mantém na liderança de área mais valorizada para locação na cidade. O valor do metro quadrado por lá custa, segundo a pesquisa, está em R$ 60,42.
Os dez bairros do ranking de aluguel mais caros ficam na Zona Sul. O mais procurado é a Barra da Tijuca, que teve alta de 0,3% em maio, valendo R$ 32,48 no valor médio do metro quadrado.
Documentos exigidos para locação
Para alugar um imóvel é preciso que seja tomada uma série de providências antes da assinatura do contrato. Tanto o locador quanto o locatário devem apresentar documentos que comprovem a idoneidade das partes.
Os fiadores também devem apresentar provas de sua identidade e posses. Tendo ciência dessas informações, fica mais difícil fazer um mau negócio.
“Para o locatário é preciso apresentar carteira de identidade e CPF, comprovante de residência (conta de água ou luz), comprovante de rendimento igual ou superior a três vezes o valor do aluguel. Podem ser apresentados contra-cheque de salário, carteira profissional, ou declaração de Imposto de Renda”, informou a advogada e administradora Patrícia Assumpção.
Para quem vai apresentar fiador, os documentos necessários são: identidade e CPF do casal, se for o caso, certidão de casamento,comprovante de residência, como conta de luz ou água, comprovante de rendimento igual ou superior a três vezes o valor do aluguel, da mesma forma que solicitado ao locatário. E ainda os documentos do imóvel que vão servir como fiança, como a certidão de ônus reais, que é tirada no cartório, e a cópia do último IPTU do imóvel pago.
Dicas para alugar um imóvel
Antes de alugar um imóvel é preciso levar em conta alguns itens de praxe como transporte, vizinhança e condições gerais da unidade. “Quem vai alugar tem que ter paciência e olhar com calma e tranquilidade.
O mercado hoje tem muitas ofertas”, orienta Leonardo Schneider, vice-presidente do Sindicato da Habitação do Rio (Secovi-Rio). A seguir, O DIA selecionou outras dicas com especialistas para diminuir a via crúcis que é achar um bom lugar para morar.
Descubra a média de preço do aluguel de apartamentos na cidade e bairro que você deseja morrar. Converse com outros inquilinos, em caso de apartamentos, para descobrir quanto eles pagam não só de aluguel, mas de condomínio, por mês. Pergunte também em outros prédios das redondezas.
Verifique há quanto tempo o imóvel está vazio. Se não foi alugado depois de estar disponível por um ou dois meses, o proprietário ficará preocupado e pode negociar o valor.
O lema é negociar. Peça ajuda aos seus amigos e colegas que são bons nisso. Faça um teste tentando baixar o valor de um objeto simples. Se você conseguir diminuir o preço de um porta-retrato usado, por exemplo, de R$ 3 para R$ 1, pode estar pronto para lidar com o locatário de um imóvel.
Venda-se como um locador. Prove que você é um ótimo inquilino e que vale alguns reais a menos no aluguel mensal.
Leve referências para a imobiliária como recibos de pagamento, extratos bancários e análises de crédito.
Bairros perto do Centro são boas opções
O Rio de Janeiro, apesar da violência e da desigualdade crescente, continua lindo. E isso não há como negar. Para quem está em busca de bairros mais tranquilos, que variam entre as classes média e média alta, as zonas Norte e Sul possuem bairros a se considerar.
Na Zona Norte, por exemplo, Tijuca, Grajaú e Vila Isabel despontam como boas opções para quem quer alugar um imóvel. A Tijuca, considerada um bairro nobre, tem uma estrutura desenvolvida de transporte urbano, malha metroviária, ciclovias, comércio e segurança.
Já o Grajaú tem ruas tranquilas e algumas construções do início do século 20 que preservam as características originais. O bairro possui escolas, comércio, segurança e transporte.
Terceira da lista de opões, Vila Isabel é conhecida por ser uma tradição do samba do Rio. O bairro mantém boas opções de lazer, gastronomia e atrações noturnas. Na Zona Sul, o Catete é um bairro histórico e tradicional, que já foi a sede da da República do Brasil quando o Rio era a capital do país. Próximo à Santa Teresa e Glória, andar nas ruas do Catete é uma volta ao passado.