Rio - A mudança na data do leilão que definirá os bancos que darão empréstimo de R$ 2,9 bilhões ao governo estadual irritou o funcionalismo. O edital de licitação foi republicado ontem adiando do dia 24 para o dia 27 de outubro o pregão presencial. Isso porque novas regras foram editadas, sendo a principal a possibilidade de mais de um consórcio ou "associação" participarem da operação financeira.
O dinheiro será para quitar atrasados de servidores ativos, aposentados e pensionistas, como 13º de 2016, horas extras da Segurança e o salário que estiver pendente. Representantes de algumas categorias temem que demore ainda mais para os recursos chegarem.
Segundo fontes da Coluna, há cerca de 11 bancos interessados em participar da operação de crédito. E a data teve que ser adiada devido à nova publicação do edital: há um prazo de oito dias a ser cumprido após a divulgação do mesmo. "A alteração na data da realização do pregão presencial ocorre em virtude do prazo legal de 8 dias úteis para realização do mesmo, após a publicação da retificação do edital", informou a Secretaria Estadual de Fazenda.
A Fazenda estimava, antes, que os recursos chegariam entre 6 e 11 de novembro. Agora, a pasta não divulgou nova data de chegada do dinheiro.
Uma das lideranças do Movimento Unificado dos Servidores Públicos Estaduais (Muspe), João Rodrigues, classificou mais essa mudança como "desesperadora". "É uma novela. É lamentável. Sempre tem uma cobrança a mais da União ou algo que prolongue a espera dos servidores. Eles não aguentam mais, e ainda existe uma parcela de 15 mil pessoas sem o salário de agosto. O que a gente quer é que isso se conclua o mais rápido possível", declarou.
O Muspe já está se mobilizando para novos atos. O grupo pretende cobrar de imediato um calendário único de pagamentos de todo o funcionalismo e fará protesto na Alerj em 8 de novembro.