Para aprovar a MP, governo precisava de quórum mínimo de 41 senadores. Mas conseguiu garantir que 66 parlamentares estivessem na Casa - Fabio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil
Para aprovar a MP, governo precisava de quórum mínimo de 41 senadores. Mas conseguiu garantir que 66 parlamentares estivessem na CasaFabio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil
Por Agência Brasil

Brasília - Após votar seis medidas provisórias (MPs) em uma segunda-feira atípica, os senadores aprovaram, na última noite, o requerimento de urgência do projeto de lei que reonera setores da economia e contém um artigo que pode baratear o preço do diesel. Devido à crise gerada com a greve dos caminhoneiros, que já dura oito dias, os parlamentares imprimiram um ritmo acelerado de votações das MPs, e a maioria foi aprovada de forma simbólica.

Com a pauta livre, o Senado pode agora se debruçar sobre o projeto que retira a desoneração, ou seja, os benefícios fiscais concedidos pelo governo a 56 setores da economia. A matéria foi aprovada na semana passada pela Câmara após os deputados incluírem um trecho que estabelece alíquota zero do PIS (Programa de Integração Social) e da Cofins (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social) cobrados sobre o óleo diesel até o fim do ano.

Embora não haja acordo em torno do projeto, os senadores já podem discuti-la em plenário a partir desta terça-feira.

Sem consenso

Plenário do Senado aprova urgência para projeto com isenção tributária para o diesel - Fabio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil

Apesar da urgência, não há consenso para a votação do projeto, tanto do lado do governo quanto da oposição. O líder do PT, senador Humberto Costa (PT-PE), defende a retirada do trecho que isenta o diesel do PIS/Cofins, alegando que o fim do tributo pode gerar consequências negativa no repasse de recursos para as áreas sociais.

Para o líder do governo, Romero Jucá (MDB-RR), o momento é de “calma” e “equilíbrio” para que a situação seja resolvida de forma definitiva. Segundo Jucá, não adianta votar com pressa a proposta sem conversar previamente com os outros atores: os deputados, que podem novamente analisar o texto; e o governo, que poderia se comprometer com algum veto ao projeto.

“A matéria será apreciada oportunamente”, limitou-se a dizer o presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), logo após a aprovação do requerimento de urgência.

O presidente do Senado, Eunício Oliveira, durante sessão que aprovou urgência para projeto com isenção tributária para o diesel - Fabio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil

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