Rio - Os contratos de aluguéis residenciais com vencimento em julho podem ter correção de 6,39%, de acordo com o acumulado dos últimos 12 meses do Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M), divulgado ontem. Para o valor da locação não pesar no bolso, especialistas orientam que inquilinos devem tentar renegociar a correção com os proprietários.
De acordo com Marcelo Borges, diretor de Condomínio e Locação da Associação Brasileira das Administradoras de Imóveis (Abadi), apesar dos aluguéis estarem abaixo e compatíveis com a realidade econômica, os inquilinos devem sempre tentar negociar com os donos dos imóveis a redução no valor do reajuste. "É preciso encontrar um ponto de equilíbrio. O proprietário do imóvel tem que ser bastante flexível e criativo para manter o inquilino no empreendimento. Já o locatário deve tentar mostrar suas razões para continuar lá e trabalhar com negociações", afirma Borges.
O vice-presidente do Sindicado da Habitação do Rio (Secovi-Rio), Leonardo Schneider, concorda que o momento é de negociação entre locador e locatário. "É necessário entender o lado de ambos e buscar uma negociação, para chegar a um denominador comum. Há muito imóvel no mercado e os proprietários querem manter os inquilinos que pagam corretamente", explica Schneider.
Para facilitar o cálculo do novo aluguel, o Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP) divulgou fórmula para mostrar o fator de atualização que, neste caso, será de 1,0639. Por exemplo: para atualizar um aluguel de um imóvel de R$ 1.500 que vigorou até julho de 2019, deve-se multiplicar os R$ 1.500 por 1,0639. O resultado de R$ 1.595,85 corresponde ao valor da locação de julho, a ser pago no fim do mês de agosto ou no início de setembro.