Gasolina ficará mais cara se poços de petróleo da Arábia Saudita sofrerem novos ataques
Política de preços da Petrobras considera mercado internacional
Ataques na Arábia Saudita provocam alta nos preços do petróleoAgência Reuters/Hamad I Mohammed
Por Larissa Esposito*
Rio - O consumidor brasileiro corre risco de sentir no bolso uma alta nos preços da gasolina caso aconteçam mais ataques às instalações petrolíferas na Arábia Saudita, no Oriente Médio, como o que aconteceu no último sábado. A variação no mercado internacional serve de base para a política de preços da Petrobras. E um repasse para nos postos pode ocorrer em um cenário futuro.
"O litro da gasolina pode aumentar e os custos serão repassados, o que impacta entre outros pontos, na passagem de ônibus", explica o economista Eduardo Bassin.
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O diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Décio Oddone, informou que interpreta os ataques como aumento na percepção de risco no mercado, "o que deve refletir nos preços, mesmo após a retomada plena do suprimento saudita".
A Petrobras informou que continuará observando o comportamento do preço do petróleo no mercado internacional até decidir se vai revisar os valores dos derivados no Brasil. Na prática, significa que o consumidor não será afetado no curto prazo, porque a estatal vai segurar os preços. A ideia é dar continuidade à política atual, que atrela os valores aos valores praticados no mercado internacional, com repasses à medida que há mudança de patamar de preços.
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Por outro lado, a alta do preço do barril de petróleo pode aumentar a arrecadação do governo federal e estados produtores. Além disso, vai contribuir para interessar grandes petroleiras internacionais nos próximos leilões bilionários de áreas de exploração de óleo e gás.
BOLSA DE VALORES O Ibovespa fechou em alta de 0,17% ontem, devido a disparada das ações da Petrobras, que encerrou em +4,39%. O dólar teve leve alta 0,07% cotada R$ 4,08.