Trabalhador temporário tem os mesmos direitos que os demais - Reprodução/ Internet
Trabalhador temporário tem os mesmos direitos que os demaisReprodução/ Internet
Por Letícia Moura
Rio - O fim do ano chegou e a temporada de contratações, tanto para vagas temporárias, como para as efetivas, está aberta. Acompanhado da expectativa do novo emprego, pode vir o frio na barriga na hora da entrevista. O DIA entrevistou especialistas para te ajudar a vencer as barreiras ao conversar com o recrutador, seja presencialmente ou por videoconferência. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Covid (Pnad Covid-19), divulgada na última terça-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desemprego aumentou de 14,0% em setembro para 14,1% em outubro - o maior resultado do estudo.
A psicóloga e coach de carreira Aline Saramago destaca que o candidato, antes de ir para a entrevista, precisa saber o que quer para si. "Algumas questões importantes de se estudar antes de falar com os recrutadores envolvem a identificação de pontos fortes e a desenvolver, conhecer bem a empresa, ter em mente de forma organizada as experiências mais relevantes, de acordo com o trabalho a ser realizado".
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Vale lembrar, segundo a especialista, que, "apesar do nervosismo, o candidato demonstre interesse e foco no que o entrevistador está falando, respondendo ao que é perguntado de forma objetiva e, ao mesmo tempo, descontraída, respeitosa e autêntica", orienta Saramago.
Ainda conforme a psicóloga e coach, os recrutadores avaliam características pessoais como a autoconfiança equilibrada com humildade, a empatia junto com a assertividade e a dedicação disciplinada.
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"É maravilhoso ver a garra do colaborador, a coragem de apresentar um trabalho, se entregar na atividade com disciplina e seriedade. Se expressar de forma firme e gentil na entrevista é uma característica que faz com que o candidato se destaque. As empresas prezam por aqueles que entregam além, que vão além do que os estudos oferecem, ou seja, aquela pessoa que busca também o conhecimento avançado por si. Portanto, sabe que entende bem do assunto e possui algumas habilidades diferenciadas por conta desse interesse no que quer fazer", ensina.
Mas afinal, como se comportar numa entrevista de emprego presencial ou online? De acordo Cláudio Riccioppo, especialista em RH e CEO da Employability, a base para qualquer entrevista de emprego, seja ela presencial ou online, está em vestimenta, comportamento, interesse e regras.
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"A sua roupa mais respeitosa será sempre a mais indicada. Não importa o seu cargo, você pode estar indo fazer uma entrevista para uma vaga de estagiária, ou até para jovem aprendiz, uma blusinha de alcinha e uma calça jeans bem rasgada para uma mulher, por exemplo, sempre será mal visto", exemplifica.
O especialista ainda faz um alerta para entrevistas "descontraídas demais". "Por diversas vezes vi recrutadores que criam um clima mais amigável no curso da seleção para que o candidato se desarme e mostre quem verdadeiramente ele é. E aí que muitos candidatos se perdem em gargalhadas e perdem o foco no que foram fazer na entrevista, que é mostrar para quem está te entrevistando que é a melhor opção para a vaga que está na mesa”, esclarece Riccioppo.
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Currículo 
O currículo será o primeiro contato do interessado na vaga com o recrutador. Então, lembre-se que o seu cartão de visitas precisa "descrever suas habilidades e competências em paralelo às necessidades do recrutador e ao problema que ele pretende resolver com a contratação". É assim que Cláudio Riccioppo, especialista em RH e CEO da Employability, define um bom currículo. 
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"Em resumo, aquele modelinho engessado que os sites de emprego lhe oferecem ou aquele currículo em formato PDF que não lhe permite alterações conforme a proposta anunciada está fadado ao fracasso de resultados. Personalizar o material lhe trará de fato mais trabalho, mas junto irá trazer um maior número de entrevistas de emprego", aconselha.
Riccioppo explica o passo a passo para melhorar o currículo:
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- A foto não é tão bem vista, não traz tanta relevância; 
- E-mails inapropriados como "gatinhasarada@gmail.com", por exemplo, sempre fazem com que você seja mal interpretado pelo selecionador; 
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- Dados pessoais como RG, CPF e título de eleitor não servem de absolutamente nada para o recrutador, pelo contrário, é um grande perigo por conta da internet, já que você não sabe quem está do outro lado;
- É importante colocar um número de telefone fixo ou dois celulares para o candidato ser encontrado com facilidade;
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- Um currículo com duas páginas é o suficiente. O currículo com uma página, eventualmente, é pouco conteúdo para "se vender"; 
- É interessante que o profissional faça uma síntese de qualificações logo abaixo dos dados pessoais, junto ao objetivo profissional, contendo, no máximo 10 linhas. Assim, vai mostrar ao recrutador que você é o perfil que ele está buscando; 
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- No histórico profissional, a atual ou a última colocação vêm primeiro; 
- Para quem tem graduação completa em diante, escreva "formação acadêmica". Já quem apenas concluiu o Ensino Médio, coloque "escolaridade";
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- Se você tiver conhecimento de algum idioma, não esqueça de incluir no currículo.