Em dezembro, o principal impacto para a inflação ficou com o grupo alimentação e bebidas, que teve alta de preços de 2% na prévia do mês - DIVULGAÇÃO
Em dezembro, o principal impacto para a inflação ficou com o grupo alimentação e bebidas, que teve alta de preços de 2% na prévia do mêsDIVULGAÇÃO
Por O Dia
O mês de novembro registrou novo avanço no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que é considerado o indicador oficial da inflação no Brasil. Segundo divulgou o IBGE nesta terça-feira (8), o marcador chegou a 0,89%, acima dos 0,86% de outubro. A alta foi puxada principalmente pelo preço dos alimentos e combustíveis. As informações são do portal “G1”.
Este já é o mais alto que o indicador marcou no mês de novembro desde 2015, quando o resultado foi de 1,01%, de acordo com o IBGE. A última vez em que o índice havia registrado alta maior foi em dezembro de 2019, com 1,15%. Em 2020, o IPCA registra alta de 3,13%. Se considerado o período dos últimos 12 meses, esse número é de 4,31%, maior que os 3,92% dos 12 meses anteriores. O valor está acima também do centro da meta da inflação do governo para 2020, que é de 4%.
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Os setores de alimentos e bebidas e transportes foram os que mais puxaram para cima a alta do IPCA. Confira o desempenho de cada um dos 9 grupos:
Alimentos e bebidas (2,54%); Transportes (1,33%); Artigos de residência (0,86%); Habitação (0,44%); Comunicação (0,29%); Vestuário (0,07%); Despesas pessoais (0,01%); Educação (-0,02%); Saúde e cuidados pessoais (-0,13%).
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Para 2020, a projeção é de 4,21%, de acordo com a última pesquisa Focus do Banco Central. A anterior previa uma inflação de 3,54%. A nova previsão supera a meta central do governo, de 4%.
Alimentos influenciaram no crescimento com 0,53 pontos percentuais
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O grupo de alimentação e bebidas teve a maior variação com seus 2,54% e também foi o que mais impactou no resultado do IPCA, fazendo-o crescer 0,53p.p. Em outubro, o setor havia marcado 1,93%. A alta também chama atenção no acumulado do ano, com 12,14%. Se considerado os 12 meses anteriores, o número é de 15,94%.
A batata-inglesa (29,65%), o tomate (18,45%), o óleo de soja (9,24%), as carnes (6,54%), o arroz (6,28%) e a cerveja (1,33%) foram os itens que mais subiram dentro do grupo no último mês. O leite longa vida, por outro lado, teve queda de 3,47% em seu preço.
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Gasolina segue subindo e etanol tem grande alta
Marcando 1,33%, a contribuição do setor de Transportes para o IPCA foi de 0,22 pontos percentuais. A alta foi puxada pela gasolina, que cresceu 1,64% e teve alta pelo sexto mês consecutivo. Se isolado o setor de combustíveis, o crescimento foi de 2,44%, com destaque para o etanol, que disparou: seu preço aumentou 9,23%.
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O preço dos automóveis novos também cresceu e marcou 1,05% e dos usados chegou a 1,25%.