Caged registra melhor mês da história no saldo do emprego formal
Foram criadas quase 415 mil vagas com carteira assinada em novembro. Acumulado do ano é positivo
O saldo do emprego com carteira assinada em novembro ficou positivo em 414.556 postos de trabalho. É o melhor resultado para todos os meses desde o início da série histórica do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), superando o recorde anterior, registrado no Novo Caged de outubro passado. É o quinto mês consecutivo de saldo positivo e o melhor do ano até o momento.
Com o total de 1.532.189 admissões e 1.117.633 desligamentos, o resultado confirma a retomada do crescimento econômico após a fase mais crítica da pandemia da covid-19 no segundo trimestre do ano. O Caged apresentou saldo positivo pelo quinto mês consecutivo, revelando o crescimento gradual emprego formal no país, bem como a ampliação das contratações temporárias típicas desse período do ano.
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Acumulado
De janeiro a novembro foram 13.840.653 admissões e 13.613.628 desligamentos. Com um total de 227.025 novos postos de trabalho formais. É a primeira vez desde o início da pandemia, que o saldo acumulado do ano é positivo.
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O estoque de empregos formais no país chegou a 39.036.648 vínculos, o que representa uma variação de 1,07% em relação ao mês anterior e bem próximo do registrado em novembro de 2019: 39.358.772.
Setores
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O bom desempenho de novembro teve o setor de Serviços como destaque, com +179.261 novas vagas, e Comércio, com +179.077. Na Indústria o saldo foi positivo em +51.457 e na Construção, +20.724.
Regiões
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As cinco regiões do país tiveram saldo positivo em novembro, com destaques para o Sul com alta de 1,28% (+92.610 novos postos) e Nordeste, com alta de 1,14% e +71.879 novas vagas de emprego com carteira assinada.
No Sudeste, a alta foi de 1,08% e +215.059 novas vagas; no Norte, 0,88% e +16.187; enquanto o Centro-Oeste teve, respectivamente, 0,59% e +19.421.
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Todas as unidades da federação também registraram saldos positivos, com destaques para Paraíba, Roraima e Santa Catarina, estados com as maiores altas relativas: 2,49% (10.178 vagas), 2,09% (1.200) e 1,56% (33.004), respectivamente.
Já os maiores saldos absolutos foram registrados em São Paulo (138.411 vagas, alta de 1,15%), Santa Catarina (33.004, 1,56%) e Minas Gerais (32.894, 0,81%).
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Modernização trabalhista
Em novembro, houve 20.429 admissões e 9.340 desligamentos na modalidade de trabalho intermitente, gerando saldo de +11.089 empregos, envolvendo 6.827 estabelecimentos contratantes. Um total de 222 empregados celebrou mais de um contrato na condição de trabalhador intermitente.
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Já a jornada em regime de tempo parcial teve saldo de +4.683 postos de trabalho no mês, resultado de 16.645 admissões e 11.962 desligamentos. No período, a movimentação envolveu 11.231 estabelecimentos contratantes e 37 empregados celebraram mais de um contrato em regime de tempo parcial.
Benefício Emergencial
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Os resultados mostram que o Programa Emergencial de Preservação da Renda e do Emprego tem sido bem-sucedido em evitar demissões durante o período da pandemia. O programa prevê o pagamento de um benefício mensal a trabalhadores que tiveram o contrato de trabalho suspenso ou a jornada e o salário reduzidos.
Dados atualizados até 11 de dezembro mostram que o Benefício Emergencial de Preservação da Renda e do Emprego (BEm) permitiu 20.005.845 acordos entre 9.829.307 empregados e 1.463.948 empregadores no Brasil. Até o momento, o programa desembolsou R$ 31,3 bilhões.
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Caged x PNAD Contínua
Em pesquisa divulgada hoje pelo IBGE, a taxa de desemprego durante o período da pandemia de covid-19 bateu o recorde e chegou a 14,2% em novembro. A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) mostrou que o país ultrapassou a marca dos 14 milhões de desempregados.
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Enquanto o Caged analisa a cobertura de vínculos celetistas que tiveram movimentação (admissão ou desligamento) no mês de referência, o método da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD Contínua), praticada pelo IBGE, tem uma cobertura mais abrangente como Pessoas de 14 anos ou mais de idade na condição de ocupadas como: trabalhadores com e sem carteira de trabalho assinada (setor privado e público), trabalhadores domésticos, militares e funcionários públicos estatutários, empregadores, trabalhadores por conta própria (com e sem CNPJ) e trabalhadores familiares auxiliares; desocupadas e; fora da força de trabalho.