Trabalhador temporário tem os mesmos direitos que os demais - Reprodução/ Internet
Trabalhador temporário tem os mesmos direitos que os demaisReprodução/ Internet
Por O Dia
Rio - O desemprego no Brasil caiu de 14,6% no trimestre julho-setembro para 14,3% em agosto-outubro, após nove aumentos e três recordes históricos sucessivos provocados pela pandemia de coronavírus. Foi o que indicou a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada nesta terça-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 
O estudo aponta que a população ocupada (84,3 milhões de pessoas) subiu 2,8% (mais 2,3 milhões) frente ao trimestre anterior. No entanto, caiu 10,4% (menos 9,8 milhões) frente ao mesmo trimestre de 2019. O nível de ocupação (48,0%) subiu 0,9 pontos percentuais frente ao trimestre anterior e caiu 6,9 pontos contra o mesmo trimestre de 2019.

“A boa notícia é que os números mais uma vez mostraram recuperação. Então, pelo segundo mês consecutivo, vemos um crescimento no número de pessoas ocupadas, mas o impacto da pandemia foi muito severo. Nós estamos muito longe de recuperar o número de ocupações que tínhamos pré-pandemia. O maior impacto ocorreu entre fevereiro e agosto”, avalia o economista e professor da pós-graduação do Ibmec, Thiago Moraes Moreira.
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Em agosto-outubro, o Brasil contava com 14,1 milhões de pessoas em busca de trabalho, conforme informou o IBGE. Em comparação com o mesmo período do ano passado, houve um aumento de 2,7 pontos percentuais no índice, que na época estava em 11,6%, e de 1,7 milhão de pessoas inscritas na lista do desemprego.

O número de "desalentados" (pessoas que deixaram de procurar trabalho por falta de oportunidade) passou de 5,9 milhões em setembro para 5,8 milhões em outubro, mas marca um aumento de 25% em relação aos 4,6 milhões que estavam nesta categoria um ano atrás.
A taxa de subutilização (pessoas que trabalham menos de 40 horas semanais pela falta de propostas) caiu de 30,3% para 29,5%, enquanto há um ano estava em 23,8%.
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Vacina contra covid
Ylana Miller, especialista em Recursos Humanos e Sócia-Diretora da Yluminarh, explica que "a retomada de vagas em 2021 será impactada pela distribuição das vacinas, a existência ou não da “segunda onda” de Covid-19 no Brasil, além da economia global".
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Ela pondera que a informalidade continuará alta, "pois a recuperação de postos de trabalho é lenta. Entretanto, a especialista explica que "mesmo nesse cenário desafiador há segmentos que demonstram crescimento, como comércio atacadista e varejista, finanças, imobiliário e indústria", exemplifica.  
*Com informações da AFP