Guedes afirma que o governo federal vai antecipar 13º dos aposentados após aprovação do Orçamento
Ministro da Economia afirmou que essa medida não terá impacto fiscal nas contas públicas porque só vão antecipar recursos já previstos no Orçamento
Por O Dia
Brasília - O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que, assim que o Orçamento de 2021 for aprovado, o governo federal vai antecipar o 13º salário de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A votação do Orçamento está prevista para ocorrer nesta quinta-feira.
"Com a aprovação do orçamento, podemos disparar imediatamente a antecipação dos benefícios de aposentados e pensionistas. Ou seja, R$ 50 bilhões vem de dezembro para agora. Vamos proteger os mais vulneráveis e os idosos nessa segunda grande guerra contra o coronavírus", disse Guedes.
O pronunciamento foi feito na comissão temporária do Senado que acompanha as medidas de enfrentamento à pandemia de Covid-19. Segundo o ministro da Economia, a antecipação de benefícios faz parte de uma série de medidas para auxiliar a população em situação de vulnerabilidade. No ano passado, o governo federal adotou esse plano de antecipação do 13º salário dos aposentados e pensionistas.
Guedes afirmou que essa medida não terá impacto fiscal nas contas públicas porque só vão antecipar recursos já previstos no Orçamento.
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Auxílio emergencial
Diante de questionamentos de senadores a senadores sobre a possibilidade de aumentar o valor do auxílio emergencial para R$ 600, valor pago no ano passado, Guedes disse que não descarta um benefício mais alto, mas que isso dependeria de contrapartidas como a venda de empresas públicas que dão prejuízo.
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"O estado está financeiramente quebrado, mas cheio de ativos. Vimos que é possível aumentar o valor, mas tem que ser em bases sustentáveis. Se aumentar o valor sem por outro lado ter as fontes de recursos corretas, traz a superinflação ou a inflação de dois dígitos como era antigamente. O resultado final é desemprego em massa e o imposto mais cruel sobre os mais pobres que é a inflação", disse ele.
No início da reunião, Guedes afirmou que o benefício garantiu a proteção dos 68 milhões de brasileiros mais frágeis. Ele manifestou apoio às medidas de distanciamento social e afirmou que sempre usou máscara. Também defendeu a vacinação como caminho para a retomada da economia. A posição de Guedes foi manifestada após um parlamentar perguntar sobre sua avaliação a respeito de uma carta de mais de 500 economistas, empresários e banqueiros em defesa de medidas de isolamento e vacinação:
"Estamos todos de acordo em acelerar as vacinas. Sobre distanciamento social: estou há um ano sem ir ao Rio de Janeiro, que é a minha casa. Entendo que os 'invisíveis' se não trabalharem não conseguem o pão de cada dia, daí a necessidade do auxílio emergencial", afirmou Guedes.
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