O presidente da Câmara, Arthur Lira, tem pressa na tramitação da reforma.
O presidente da Câmara, Arthur Lira, tem pressa na tramitação da reforma. Marcos Corrêa/PR
Por iG
Deputados aliados do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) se juntaram ao lobby dos servidores públicos e ameaçam adiar a reforma administrativa só para 2023 para evitar desgastes políticos em ano de campanha eleitoral. As mudanças nas carreiras do funcionalismo público, que são uma das principais promessas do ministro da Economia, Paulo Guedes, desde a campanha de 2018, mais uma vez correm o risco de serem adiadas.

Deputados da bancada da bala, que em sua maioria vieram do funcionalismo público (policiais civis, militares e federais) temem dar andamento à pauta e perder suas bases de apoio. Também há resistência da oposição.

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que também é líder do centrão, tem pressa na tramitação da reforma e prevê a entrega ao Senado em julho. Um dos compromissos firmados com base, oposição e governo, por exemplo, é a realização de audiências públicas até a sexta-feira (14) na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça).

"A gente vai tocar porque é pauta do governo. A gente não pode desistir, mas estou fazendo uma avaliação política: acho que fica mais complicado", disse Bia Kicis , presidente da CCJ à Folha de S. Paulo. Para ela, é melhor deixar a tramitação para 2023.