Concessionárias de água, gás e luz devem oferecer pagamento em débito na hora do corte Marcello Casal Jr/Agência Brasil
Confira como fica o rendimento da poupança com a alta da Selic para 4,25% ao ano
A rentabilidade cresce para 0,25% ao mês ou 2,98% ao ano, de acordo com cálculos da Associação Nacional dos Executivos de Finanças Administração e Contabilidade (Anefac)
Com o anúncio da alta da Selic, a taxa básica de juros, para 4,25% ao ano, a caderneta de poupança vai passar a render um pouco mais. A rentabilidade cresce para 0,25% ao mês ou 2,98% ao ano, de acordo com cálculos da Associação Nacional dos Executivos de Finanças Administração e Contabilidade (Anefac).
Com a Selic anterior, em 3,5% ao ano, o rendimento do investimento financeiro mais popular do país estava em 0,20% ao mês e de 2,45% ao ano. No caso de uma pessoa que tiver uma aplicação financeira no valor de R$ 10 mil pelo prazo de 12 meses na caderneta de poupança, o investidor acumular R$ 298 (totalizando R$ 10.298 ou 2,98% ao ano). Antes, o valor era de R$ 245 (totalizando R$ 10.245 ou 2,45% ao ano).
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Entretanto, mesmo com um aumento no rendimento, a poupança vem perdendo para a inflação há alguns meses. "O rendimento da poupança vem perdendo para a inflação desde setembro de 2020, ou seja, há dez meses consecutivos. Não vislumbro uma mudança para este ano e, com isso, a inflação tende a ser superior ao rendimento da poupança", afirma Miguel José Ribeiro de Oliveira, diretor executivo de estudos e Pesquisas Econômicas da Anefac.
Com a regra em vigor desde 2012, se a Selic estiver abaixo de 8,5%, o rendimento é limitado a um percentual equivalente a 70% dos juros básicos mais a Taxa Referencial (TR).
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"O brasileiro está acostumado em concentrar o dinheiro na caderneta de poupança por ser a forma mais segura de investimento. Mesmo com o aumento, a gente tem uma inflação que não atualiza e nem corrige o dinheiro, continua deixando de ganhar", explica Felipe Nogueira, especialista em finanças e investimentos.
Para quem guarda dinheiro na caderneta, o momento ainda seria de investir em outra aplicação que garanta que o dinheiro não perderá para a inflação. Entretanto, migrar para outras aplicações é um processo que exige atenção, pois há uma série de fatores que devem ser levados em conta.
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"O momento é de buscar outras formas de investimento. Há opção como as que os bancos oferecem como o CDB com 150% da Selic ou CDI, os títulos públicos ainda na possibilidade de renda fixa, mas é preciso ficar alerta ao percentual do imposto de renda", explica Felipe.
Também há a possibilidade do Tesouro Direto. Mas é preciso ficar atento aos prazos para não perder a rentabilidade, se necessitar do recurso antes do prazos de investimento.
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Renegociar dívidas
Embora a taxa Selic tenha sofrido aumento, os especialistas dizem que ainda é o momento para quem quer renegociar dívidas. "Houve um aumento, sim, mas já tivemos taxas bem altas. Com a possibilidade de um crescimento no final do ano, ainda é um período bom para o consumidor renegociar as dívidas", explica Felipe.
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Com isso, há duas possibilidades para os clientes buscarem quitar esses débitos. São elas: trocar as dívidas por de linhas de crédito mais caras por outras com taxas mais baratas ou fazer portabilidade para outro banco com taxas mais vantajosas para eles. "Dessa forma, a orientação é buscar uma troca de dívida de uma linha de crédito mais cara para uma outra mais barata, tentar fugir do cartão de crédito e cheque especial. É possível tentar empréstimo para uma divida mais barata", orienta o especialista em finanças.
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