Desemprego manteve recorde de 14,7% e mais 489 mil pessoas ficaram desempregadas em abril, mostra IBGE
Em comparação ao ano de 2020, quando começou a pandemia no país, o número de desempregados aumentou em 15,2%
Na prática, 14,8 milhões de brasileiros estavam sem ocupação em abril - Divulgação/Sérgio Lima
Na prática, 14,8 milhões de brasileiros estavam sem ocupação em abrilDivulgação/Sérgio Lima
Por O Dia
Rio - A taxa de desemprego no Brasil manteve o recorde de maior nível da série histórica e registrou novamente o índice de 14,7% até abril deste ano, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta quarta-feira, 30. O número de desocupados, porém, cresceu 3,4% em relação a janeiro e apontou que mais 489 mil pessoas perderam seus empregos. Na prática, 14,8 milhões de brasileiros estavam sem ocupação naquele período.
"Essa taxa e o contingente de desocupados mantêm o recorde registrado no trimestre encerrado em março, o maior da série desde 2012", reforçou o instituto.
Se comparado a abril de 2020, o número de desempregados aumentou 15,2%, o que na prática significa que 1,9 milhão de pessoas a mais estavam desempregadas este ano. A população ocupada, por sua vez, somou 85,9 milhões de pessoas, o que contabiliza 85 mil trabalhadores a menos em um trimestre. Em relação a um ano antes, menos 3,3 milhões de pessoas estavam empregadas.
O número de desalentados, ou seja, pessoas que desistiram de procurar trabalho por não acreditarem ou estarem impossibilitados de buscar uma recolocação, também manteve o patamar recorde de 6 milhões de brasileiros. Em comparação ao ano passado, 941 mil pessoas a mais desistiram de buscar uma vaga.
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Trabalho formal e informal
O número de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado foi de 29,6 milhões de pessoas e manteve a estabilidade, se comparado ao trimestre anterior. Já em comparação ao ano de 2020, o indicativo sofreu uma queda de 8,1%, ou seja, menos 2,6 milhões de pessoas com empregos formais.
Outras 9,8 milhões de pessoas estavam atuando no setor privado, mas sem carteira assinada, o que representou estabilidade, em relação ao trimestre anterior, e queda de 3,7%, menos 374 mil pessoas, frente ao mesmo trimestre de 2020.
Já o número de trabalhadores por conta própria, que atingiu a marca de 24 milhões, subiu 2,3% frente ao período anterior. Na prática, mais 537 mil pessoas estão atuando por conta própria, em relação ao último trimestre, e mais 661 mil pessoas estão nessas condições, em comparação ao ano passado.
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A taxa de informalidade foi de 39,8% da população ocupada, ou 34,2 milhões de trabalhadores informais. No trimestre anterior, a taxa havia sido de 39,7% e no mesmo trimestre de 2020, 38,8%.
População subocupada
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O número de brasileiros subocupados, que trabalham menos de 40h e estavam disponíveis para atuar por mais horas, apresentou uma alta nos dois indicativos de comparação. Em relação ao trimestre anterior, mais 872 mil trabalhadores subutilizados foram contabilizados, enquanto em relação ao ano passado, mais 4,6 milhões de pessoas se encaixaram na categoria.
A população fora da força de trabalho, 76,4 milhões de pessoas, ficou estável ante o trimestre anterior e cresceu 7,7%, ou 5,5 milhões de pessoas, frente ao mesmo trimestre de 2020.
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