Preço da cesta básica aumenta 20,57% em 12 meses no Rio, aponta Dieese
Entre maio e junho deste ano, o custo médio do conjunto de alimentos básicos subiu em oito cidades e diminuiu em nove, segundo pesquisa
Rio de Janeiro - RJ - 05/04/2019 - Itens para Pascoa - na foto, produtos consumidos no almoço de pascoa - foto: Reginaldo Pimenta / Agencia O Dia - Reginaldo Pimenta / Agencia O Dia
Rio de Janeiro - RJ - 05/04/2019 - Itens para Pascoa - na foto, produtos consumidos no almoço de pascoa - foto: Reginaldo Pimenta / Agencia O DiaReginaldo Pimenta / Agencia O Dia
Por O Dia
Rio - Na capital fluminense, o preço da cesta básica aumentou 20,75% em 12 meses, na comparação entre junho do ano passado e junho de 2021, de acordo com a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, realizada mensalmente pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e divulgada nesta terça-feira, 6. No mês passado, o valor do conjunto de alimentos básicos foi de R$ 619,24 no Município do Rio. Já em maio, a cesta custava R$ 622,76 - alta de 11,44% em 12 meses, em relação ao mesmo mês de 2020.
O levantamento aponta que, entre maio e junho deste ano, o custo médio da cesta básica subiu em oito cidades e diminuiu em nove. As maiores altas foram registradas em Fortaleza (1,77%), Curitiba (1,59%) e Florianópolis (1,42%). As capitais com quedas mais intensas foram Goiânia (-2,23%), São Paulo (-1,51%), Belo Horizonte (-1,49%) e Campo Grande (-1,43%).
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Segundo o estudo do Dieese, a cesta mais cara foi a de Florianópolis (R$ 645,38), seguida pelas de Porto Alegre (R$ 642,31), São Paulo (R$ 626,76), Rio de Janeiro (R$ 619,24) e Curitiba (R$ 618,57). Entre as cidades do Norte e Nordeste, as que registraram menor custo foram Salvador (R$ 467,30) e Aracaju (R$ 470,97).
Com base na cesta mais cara que, em junho, foi a de Florianópolis, o DIEESE estima que o salário mínimo necessário deveria ser equivalente a R$ 5.421,84, valor que corresponde a 4,93 vezes o piso nacional vigente, de R$ 1.100,00. O cálculo é feito levando em consideração uma família de quatro pessoas, com dois adultos e duas crianças. Em maio, o valor do mínimo necessário deveria ter sido de R$ 5.351,11, ou 4,86 vezes o piso em vigor.
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Quando se compara o custo da cesta com o salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto referente à Previdência Social (7,5%), verifica-se que o trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu, em junho, na média, 54,79% (média entre as 17 capitais) do salário mínimo líquido para comprar os alimentos básicos para uma pessoa adulta. Em maio, o percentual foi de 54,84%.
Variações de produtos
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Entre maio e junho, o litro do leite integral subiu em 16 capitais e o quilo da manteiga, em 12 cidades. As maiores altas do leite foram observadas em: Belo Horizonte (8,54%), Porto Alegre (6,20%), Aracaju (5,87%) e Natal (5,82%). Para a manteiga, os principais aumentos ocorreram em Aracaju (5,30%), Brasília (3,79%), Vitória (3,55%) e Florianópolis (3,31%). A baixa oferta de leite no campo e os altos custos de produção elevaram os preços dos derivados no varejo.
O açúcar apresentou elevação de preço em 15 capitais e as taxas oscilaram entre 1,75%, em Vitória, e 15,41%, em Natal. As quedas ocorreram em Belo Horizonte (-1,38%) e Belém (-0,68%). A menor produtividade nos canaviais brasileiros e o bom desempenho nas exportações explicam a elevação dos preços.
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O valor médio do quilo da carne bovina de primeira registrou alta em 14 cidades em relação a maio. As maiores variações foram observadas em Porto Alegre (6,45%), Florianópolis (5,19%), Recife (3,97%) e Fortaleza (3,19%). A queda mais expressiva foi verificada em Salvador (-1,95%). A forte demanda externa chinesa, os altos custos de produção e a oferta enxuta de animal para abate são os motivos do aumento da carne bovina de primeira.
O preço médio do óleo de soja subiu em 14 capitais. As maiores elevações ocorreram em Curitiba (8,12%), Belém (5,14%), Belo Horizonte (3,82%), João Pessoa (2,43%) e Recife (2,20%). O custo diminuiu em Porto Alegre (-2,31%), Rio de Janeiro (-1,84%) e Campo Grande (-0,58%). Apesar do recuo nos preços da soja, devido às desvalorizações do dólar e à menor demanda de óleo para produção de biocombustível, no varejo, o produto seguiu em movimento de alta.
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O quilo da batata, pesquisada no Centro-Sul, apresentou redução de preço em nove das 10 capitais onde o tubérculo é pesquisado. As quedas oscilaram entre -30,91%, em Vitória, e -12,83%, em Florianópolis. A redução de custos foi causada pelo aumento na oferta e a menor demanda.
Em junho, o preço médio da banana recuou em 14 cidades. A pesquisa faz uma média ponderada dos tipos prata e nanica. As retrações oscilaram entre -13,24%, em Belo Horizonte, e -1,44%, no Rio de Janeiro. Com o frio, o ritmo de colheita da banana nanica diminuiu, o que acabou reduzindo a intensidade da queda de preços dos meses anteriores. A oferta da banana prata aumentou e as cotações baixaram.
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