Presidente Jair Bolsonaro (sem partido) AFP
Em meio às ameaças de apagões, Bolsonaro declarou ainda, durante o painel, que tem trabalho para garantir acesso a energia limpa e sustentável a todos brasileiros. "Brasil já é líder em prover acesso a eletricidade com praticamente 99% da população contemplada. Agora, estamos agora avançando para 100% com o programa mais luz para Amazônia", disse o chefe do Planalto.
Apesar de ter sua política ambiental criticada internacionalmente, sobretudo em razão do desmatamento da Amazônia, Bolsonaro afirmou também que o Brasil é um exemplo para o mundo em transição energética e tem, "de longe", a matriz energética mais limpa do planeta. "Nosso país tem longa experiência na promoção de soluções energéticas sustentáveis, a começar pela bioenergia, em que somos referência mundial", disse o presidente.
"Na transição energética global, para qual temos dado contribuição significativa como País, não há receita única... É um processo que inclui fontes como bioenergia, hidreletricidade, nuclear, solar e eólica, além de fontes de mais baixo carbono como gás natural. Inclui, também, digitalização de sistemas, eficiência energética ou novas tecnologias, como o hidrogênio, que vem se consolidando rapidamente no Brasil", acrescentou. "O Brasil está posicionado para produzir hidrogênio de forma competitiva e com escala, para suprir nossas próprias necessidades e exportar a outros mercados".
Por fim, o presidente declarou nesta sexta que está comprometido com a descarbonização dos transportes e com ampliar a geração de energia para as necessidades de desenvolvimento nacional. "Assumimos o compromisso de reduzir voluntariamente 620 milhões de toneladas de emissões de carbono em 10 anos, considerando apenas o setor de combustíveis de transportes. Cumpriremos essa meta", destacou. "No Brasil, sabemos que a transição energética é possível, sabemos também tratar-se de enorme oportunidade", afirmou.
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.