Um estudo feito por economistas do Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper) indica que a desigualdade social no Brasil caiu de forma ininterrupta entre 2002 e 2015 e voltou a aumentar em 2016 e 2017.
A pesquisa foi divulgada pela Folha e mostra que todas as fatias da população adulta brasileira, dividida em cem partes iguais, situadas abaixo dos 29% mais ricos, registraram crescimento em suas rendas anuais acima da média nacional de 3% no período analisado.
No mesmo intervalo, as parcelas da população distribuídas acima desse recorte tiveram crescimento médio anual entre 2,4% e 2,9%. As duas fatias próximas ao topo da pirâmide da riqueza foram exceção.
Os novos resultados apresentados pelo Insper contrariam outros dois diagnósticos apresentados anteriormente. No retrato do rendimento dos mais ricos, o primeiro estudo mostrava que a desigualdade era mais alta do que se imaginava e permanecia estável.
A segunda conclusão era ainda mais preocupante: pesquisadores do World Inequality Lab apresentaram cálculos que apontaram aumento da disparidade na distribuição de recursos.
O trabalho realizado pelo Insper será apresentado publicamente, pela primeira vez, na segunda-feira, 25, em um webinar promovido pelo instituo.
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