Pagamentos do Auxílio Brasil começarão a ser feitos no dia 17 de novembroMarcello Casal Jr/Agência Brasil
Serasa aponta que seis em cada dez brasileiros pagaram dívidas em atraso no primeiro semestre
Apesar de 57,5% dos consumidores saírem do vermelho, o número do acumulado semestral vem diminuindo desde 2019, quando o índice marcou 60,4%
No primeiro semestre deste ano, 57,7% das dívidas de consumidores inadimplentes foram pagas em até 60 dias após a negativação. De acordo com o Indicador de Recuperação de Crédito da Serasa Experian, apesar do percentual expressivo, já que seis em cada dez brasileiros inadimplentes quitaram seus débitos em até dois meses, o número do acumulado semestral vem diminuindo desde 2019, quando o índice marcou 60,4%.
Para o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, os números refletem o cenário econômico brasileiro desafiador que enfrentamos nesses seis primeiros meses de 2021. “Com os reflexos da pandemia impactando o país, a população teve que continuar lidando com o alto nível de desemprego e a diminuição do auxílio emergencial. Junto a isso, o aumento da inflação e dos juros foram fatores que agravaram a situação financeira dos consumidores, tornando a quitação de dívidas já negativadas cada vez mais difícil”.
A análise por setor revelou que, nos primeiros seis meses deste ano, o segmento financeiro (bancos/cartões/financeiras) foi o que mais recuperou dívidas em até 60 dias, pois 61,5% das contas ressarcidas são dessa área.
Segundo Rabi, o dado deixa claro que, “as pessoas valorizam muito o acesso ao crédito que possuem e, para não o perderem, escolhem priorizar a quitação dessas pendências. Sendo assim, esse é um setor que possui um incentivo natural para a recuperação de dívidas, o da preservação de crédito”. Fora do campo financeiro, o segmento de utilities mostrou o maior pagamento das dívidas em atraso, com 62,7%.
Ainda sobre o acumulado do primeiro semestre de 2021, todas as regiões brasileiras apontaram percentuais de dívidas pagas em até 60 dias acima da média geral (57,7%), exceto o Nordeste, que marcou alta de 48,8%. Em ordem crescente ficaram o Norte (59,8%), Sudeste (60,9%), Centro-Oeste (61,4%) e o Sul (65,7%).
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