Presidente Jair Bolsonaro (sem partido) Alan Santos/PR

Brasília - O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a dizer que nem ele, nem seu governo tem culpa pelo aumento do combustível no país. Bolsonaro disse em conversa com apoiadores na saída do Palácio do Alvorada, nesta segunda-feira, 8, que o litro da gasolina sai a R$ 2,30 da Petrobras e que não é sua culpa o preço chegar a R$ 7 na bomba.

O presidente afirmou que "sobre combustível, se entrar em detalhes, como é o combustível no Brasil. Custa R$ 2,30 a gasolina (na Petrobras) e chega a R$ 7 na ponta. A culpa é minha?", questionou Bolsonaro a seus apoiadores.

Em seguida, Bolsonaro voltou também a fazer críticas à Petrobras e atacou o montante dos dividendos distribuídos para os acionistas da empresa. O presidente afirmou que o preço alto do combustível ocorre em todo o mundo, mas que no Brasil "pode ser menor".
Privatização
Na última segunda-feira, 1°, o presidente havia citado que a empresa faria um "jogo pesado" e que a estatal faria um novo reajuste nos preços dos combustíveis dentro de 20 dias. No mesmo dia, a Petrobras emitiu uma nota informando que não iria antecipar decisões de reajuste de combustíveis. Também destacou que não há qualquer decisão tomada por seu Grupo Executivo de Mercado e Preços (GEMP) que ainda não tenha sido anunciada ao mercado.
O presidente tem culpado os governadores pelo aumento do combustível e dito que a cobrança do ICMS nos estados é que eleva o litro da gasolina. Os governadores já divulgaram nota afirmando se tratar de um "problema nacional". Ainda assim, sob pressão, congelaram o ICMS sobre combustíveis por 90 dias.

Em outubro, a Câmara aprovou projeto que estabelece um valor fixo para cobrança do ICMS sobre combustíveis. A proposta seguiu para o Senado.