Para conquistar a segurança que pode estar atrelada ao fato de ter um plano de saúde, como mostrou a pesquisa, a organização financeira é indispensável. Isso porque, não adianta ter a sensação de estar seguro quanto aos cuidados médicos se isso vai furar completamente o orçamento familiar. Logo, aqueles que desejam contratar um serviço desse tipo, devem encará-lo com prioridade. 
"O plano de saúde junto com o seguro de vida é responsável pela estrutura básica do planejamento financeiro e, desta forma, deve ser considerado como prioridade. Para se preparar financeiramente, é imprescindível adicionar o serviço como uma despesa obrigatória dentro da rota financeira", afirmou o especialista em finanças Marlon Glaciano. Para isso, ele orienta que os consumidores sigam uma divisão orçamentária que consiste na divisão da renda: "O ideal é dividir 100% da receita mensal em 3 fatias: 50% para necessidades básicas, 30% para desejos e 20% para investimentos. Nesse caso, o valor pago de plano de saúde deve entrar nos 50% destinados às obrigações". 
A educadora financeira da Ativa Investimentos Bia Moraes reforçou o discurso: "Plano de saúde é um custo de recorrência mensal, então por isso deve estar enquadrado no orçamento da família como um custo fixo. Como todo custo fixo, ele deve estar alinhado com a realidade financeira, não podendo estar muito acima do possível, para não haver dificuldade em realizar o pagamento. É um custo importante, já que envolve saúde. Então, ao contratar um plano de saúde, é bom sentar e reorganizar o orçamento para ele caber com folga".
Segundo Glaciano, a contratação como pessoa jurídica pode ser uma alternativa para economizar, desde que os beneficiários estejam cientes da responsabilidade de lidar com um CNPJ. "A melhor forma de economizar com o plano de saúde é utilizar a contratação no formato PJ. Neste caso é possível ter uma redução de até 40% no valor mensal do plano. Uma boa estratégia para quem ainda não tem CNPJ será abrir um MEI e ingressar nessa modalidade, lembrando que, para contratar um plano de saúde como MEI, é necessário ter ao menos 6 meses de CNPJ ativo", ponderou. 
Já o especialista em gestão de saúde e vice presidente da First Line Medical, Paulo Rapuano, recomendou que os clientes busquem o equilíbrio entre a economia e um plano de qualidade: "Procure uma operadora que saiba valorizar a condição de saúde do paciente e, ao invés de buscar economia, busque saúde. Hoje as agências de saúde têm planos específicos mais baratos para quem se cuida, não tem comorbidades, e não possui grande histórico de doença. Se você quer economizar quando se fala em planos de saúde, não economize em exercícios, alimentação saudável e cuidados essenciais a seu bem-estar".