Nesta terça-feira, 16, o Pix completa um ano de operação e, mesmo com pouco tempo de vigência, já possui números superlativos no mercado de pagamentos do país. No total, já foram 7 bilhões de transações, com um volume financeiro movimentado de 4,1 trilhões de reais. O recorde de transações diárias aconteceu há pouco tempo. No último dia 5, 50.045.289 milhões de operações foram realizadas. Além disso, o Banco Central (BC) espera novidades para o futuro, como operações internacionais e pagamentos por aproximação.
Nesse primeiro ano, já foram lançadas novas funcionalidades como o pagamento de cobranças com vencimento, foram incorporadas melhorias nos aplicativos, como a gestão de limites e o agendamento tornou-se obrigatório.
Nos próximos anos, o Pix Saque, o Pix Troco e a Iniciação de transação de pagamento, os quais já tiveram suas regras divulgadas, serão gradualmente adotados. Além disso, o BC trabalha em novas funcionalidades como o débito automático, novas formas de iniciação e o Pix internacional, por exemplo. No caso do Pix por aproximação, a modalidade poderá ser usada, por exemplo, para pagar passagens de ônibus.
Em menos de três meses, o Pix superou as operações de TED e do DOC, somadas. A partir de abril passado, suas transações ficaram acima também dos boletos. E no, final de outubro, o Pix já respondia por 72% das operações, considerando TED, DOC, TEC, boleto e cheque, foram 1,2 bilhão de transações no mês. A quantidade de operações Pix já ultrapassou outros meios como cartão pré-pago, transferência intrabancária e débito direto.
São 348,1 milhões de chaves cadastradas, divididas da seguinte forma: 121,2 milhões dechaves aleatórias, 93,8 milhões deCPFs, 76,1 milhões número do telefone celular,50,6 milhões e-mail e 6,4 milhões de CNPJs.
Democratização
Em todo o país, 104,4 milhões de pessoas de todas as faixas de renda – 62,4% da população adulta – já usam o Pix para pagar ou receber. O Pix é usado por todas as faixas etárias, sendo a maior parte das transações realizadas pelos jovens: 34% entre 20 e 29 anos e 31% entre 30 e 39 anos.
Em 11 unidades da Federação, passa de 60% o percentual da população adulta que já usa o Pix, chegando a 80% em Roraima, 79% no DF e 70% em SP. Juntos, Sudeste e Nordeste concentram quase 70% dos Pix realizados. No Centro-Oeste, foi registrado o maior índice de adoção do serviço (levando-se em conta a distribuição das transações e a da população com relacionamento bancário).
Empresas
Nesse um ano, 7,9 milhões de empresas do país já usaram o Pix, isso significa que mais de metade das empresas que possuem relacionamento bancário no país adotaram o novo meio de pagamento, beneficiando-se do recebimento imediato e do baixo custo. O total de transações de pessoas físicas para empresas pelo Pix, bateu 152,7 milhões de operações em outubro passado, atingindo o montante de 15,6% das transações totais do Pix.
Os setores que mais receberam Pix foram comércio (38%), atividades profissionais, científicas e técnicas (13%) e atividades administrativas e serviços complementares (11%).
O que diz o BC
Como lembrou o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, durante evento para celebrar a data, o Pix caiu no gosto do brasileiro e seu uso se intensifica mês após mês.
“As expressões ‘Me faz um Pix’, ‘Aceita Pix?’, ‘Quer pagar com Pix?’ já são o ‘novo normal’ para a maioria da população. Esse sucesso é resultado do trabalho árduo não só do time do BC, como das equipes de todas as instituições participantes, que construíram o Pix a múltiplas mãos e possibilitaram o início dessa revolução”, afirmou Campos Neto.
“O Pix incentiva a eletronização dos pagamentos, faz frente ao contexto de digitalização dos negócios, amplia a eficiência do mercado e é um importante vetor para a promoção da inclusão financeira. Em um momento em que a economia ainda sofre os impactos da pandemia, o Pix foi especialmente importante, viabilizando negócios, pagamentos rápidos e doações”, completou o presidente do BC.
“O Pix é o pagamento instantâneo que teve a adoção mais rápida quando se transações per capita em países como Dinamarca, Suécia, Chile, Austrália e outros, e isso se deve não apenas as suas características, mas à abertura da população e das empresas brasileiras que abraçaram a nova tecnologia”, ressaltou o diretor João Manoel Pinho de Mello.
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.