Até então, com a Selic a 7,75%, o investimento da aplicação financeira mais popular do país representa 0,44% ao mês e de 5,43% ao anoAgência Brasil

A caderneta de poupança deve sofrer uma mudança nesta semana a partir da próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central. Isso porque, caso a taxa básica de juros (Selic) seja elevada para 1,50 ponto percentual no encontro nesta terça e quarta-feira, a aplicação de investimento deverá voltar a passar a ter o mesmo rendimento da "poupança velha".  
Atualmente, a taxa básica de juros da economia brasileira está em 7,75%. Com a previsão de aumento do mercado financeiro, a Selic pode ir para 9,25% ao ano. 
Nesse caso, a poupança poderá ter o rendimento ajustado para 0,5% ao mês ou 6,17% ao ano e passaria para o tipo de remuneração conhecida como "poupança velha". 
"Quando a Selic está em até 8,5% ao ano, a poupança tem um rendimento limitado a um percentual de 70% dos juros básicos, mais a Taxa Referencial (TR, calculada pelo Banco Central e que está em zero desde 2017). Isso acontece porque a Selic está abaixo de 8,5% ao ano", explica o especialista em Finanças e planejador financeiro Marlon Glaciano.
No caso da "poupança velha", os rendimentos são sempre calculados com 0,50% ao mês ou 6,17% ao ano, independentemente da taxa de juros que estiver em vigor. Até abril de 2012, os depósitos feitos eram aplicados com a "poupança velha".
Atualmente, com a Selic a 7,75%, o investimento da aplicação financeira mais popular do país representa 0,44% ao mês e de 5,43% ao ano.
Porém, caso se concretize a mudança para a "poupança velha" e superando os 8,5% ao ano, especialista afirma que, mesmo passando a render mais a partir deste mês, a modalidade ainda vai perder para a inflação e para outros investimento de renda fixa. Pelo menos a curto prazo. 
"Mesmo com esta atualização na regra, considerando que a Selic superará os 8,5% ao ano, ainda é mais eficiente títulos indexados a 100% do CDI ao menos ou títulos do tesouro direto Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), no caso de um maior tempo de exposição", explica o especialista em Finanças e planejador financeiro.