Em meio ao pagamento do 13º salário, Pix bate novo recorde de transações diáriasMarcello Casal Jr/Agência Brasil

O Pix, sistema de transferências e pagamentos instantâneos do Banco Central, que completou um ano em novembro, já é usado por 71% dos brasileiros. A taxa de aprovação aumentou nove pontos em 12 meses, passando de 76% para 85%. É o que mostra pesquisa da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), divulgada nesta terça-feira, 28.
Entre os jovens de 18 a 24 anos, a aprovação ao Pix alcança quase a totalidade dos respondentes (99%).
Na faixa de 25 a 44 anos, esse número fica no patamar de 90% ou mais também na faixa de 25 a 44 anos (96%).
Já entre os que têm mais de 60 anos, o porcentual de aprovação cai para 65%, de acordo com a quarta edição do Radar Febraban.

A maior resistência para usar o Pix é entre as pessoas de baixa renda e os de menor escolaridade, mas ainda assim em patamares de adesão superiores a 50%. Dos que têm até a escolaridade fundamental, 53% utilizam o Pix, enquanto no grupo de pessoas com renda de até dois salários mínimos, a taxa de adesão ao sistema do BC é de 64%.

No Pix, para um terço dos entrevistados há uma diferença sobre a percepção de segurança do serviço. Para 32%, o sistema dos bancos é mais seguro do que o oferecido por fintechs. Já outros 32% destacam que o sistema é igualmente seguro nos dois tipos de instituições.
Golpes e tentativas de fraude

O número de brasileiros que já foram vítimas desse tipo de crime manteve-se estável no comparativo entre o levantamento de setembro (21%) e o atual (22%). O público com mais de 60 anos o mais vulnerável (30%).

Dentre os que foram vítimas ou sofreram tentativa de golpe, pouco mais de dois terços (69%) nunca caíram na fraude, ao passo que 30% chegaram a cair e a perder dinheiro.

A clonagem de cartão de crédito ou troca de cartões (48%, 2 pontos a menos que em setembro) segue como o golpe mais comum.
Chama atenção o expressivo aumento do golpe da central falsa, em que alguém pede seus dados por telefone: de 18% em setembro para 28% em dezembro. Esse tipo de ocorrência é mencionado principalmente na faixa de 45 a 59 anos (39%).
Em terceiro lugar, destaca-se o golpe do WhatsApp, em que alguém se passa por um conhecido solicitando dinheiro: 24% (3 pontos a mais que em setembro). Há ainda 5% que citam o golpe do leilão da loja virtual falsa, mais frequente entre jovens de 18 a 24 anos (14%).

O papel informativo do setor bancário no alerta e orientação aos consumidores em relação aos golpes é destacado por mais da metade dos entrevistados que já receberam materiais de comunicação de bancos e outras entidades a esse respeito.

É praticamente unânime (96%) a atribuição de importância a esse tipo de informação para a prevenção e combate a tais ocorrências.