O preço dos alimentos ainda é o vilão que impede a melhora de vendas do comércio varejistaFoto: Marcos Porto / Agência O Dia

Rio - Pelo terceiro mês seguido, o comércio varejista registrou aumento no volume de vendas em todo país. A alta de 1%, em relação a fevereiro, foi revelada pela pesquisa divulgada nesta terça-feira pelo IBGE. Se comparado a março de 2021, o aumento chega a 4%. Os números positivos contrastam com o último balanço para o Rio de Janeiro. Após registrar alta em janeiro (3,6%) e fevereiro (0,6%), o Estado apresentou queda fechou março no negativo: -0,3%. Na comparação com março de 2021, o Rio teve uma queda de -3,5%.
Em meio à inflação que domina todo o território nacional, a tímida alta é avaliada como uma importante reação do comércio varejista após o enfrentamento da pior fase da pandemia no país. Apesar do impacto da guerra na Ucrânia no preço de muitos produtos, o mercado celebra o fechamento no primeiro trimestre com aumento de 1,3% nas vendas, em relação ao mesmo período de 2021. Afinal, o Brasil não registrava três meses consecutivos de alta de vendas no comércio varejista desde 2020.
Das oito setores avaliados pela Pesquisa Mensal do Comércio, realizada pelo IBGE, seis impulsionaram o aumento de vendas, com destaque para o segmento de equipamentos e material para escritório, informática e comunicação, com alta de 13,9%, além de artigos de uso pessoal e doméstico, com 3,4%.
Outros setores que apresentaram alta em março foram os seguintes: livros, jornais, revistas e papelaria (4,7%), combustíveis e lubrificantes (0,4%), móveis e eletrodomésticos (0,2%) e tecidos, vestuário e calçados (0,1%).
Alimentação
Em contrapartida, o consumo de produtos alimentícios apresentou queda em março. O custo para comer em casa se tornou um desafio para os brasileiros. A inflação de alimentos, até mesmo os básicos, foi impulsionada pela aumento do valor do combustível, assim como o período de fortes chuvas no país, que impactou o período de colheita.
Dessa forma, hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo diminuíram o volume de vendas (-0,2%). Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria igualmente (-5,9%).