Ciro Gomes considerou as críticas de Bolsonaro à Petrobras com viés eleitoral José Cruz/Agência Brasil
A formação de preços citada por Ciro no Twitter está relacionada à política de Preço de Paridade Internacional (PPI) implementada em 2016 pela Petrobras, durante o governo do ex-presidente Michel Temer (MDB).
Como mostrou nesta sexta-feira o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), o preço da gasolina será reajustado no sábado, 18, pela Petrobras, após 99 dias congelado, passando a custar R$ 4,06 o litro nas refinarias da estatal — aumento de 5,2%. O diesel, há 39 dias sem aumento, passou a custar R$ 5,61 o litro, com alta de 14,2%.
O anúncio preocupa Bolsonaro e sua equipe, que veem os preços dos combustíveis como entrave para o projeto de reeleição.
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PL), aliado do chefe do Executivo, aumentou seu tom contra o presidente da estatal, José Mauro Coelho, e cobrou na manhã desta sexta-feira sua renúncia imediata.
O mais alto escalão do governo também já pressiona nos bastidores pela renúncia do presidente demissionário.
Teto ICMS
Ciro Gomes disse ainda que "o desespero é total porque eles sabem que um simples reajuste decretado pela empresa derruba os supostos efeitos positivos da redução do ICMS", em referência ao o projeto de lei aprovada na Câmara que fixa o teto de 17% para o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre combustíveis. O texto vai à sanção presidencial.
"Ou seja: a população será duplamente punida porque terá menos verba para educação e saúde junto com preços altos de gasolina, diesel e gás. Tempestade perfeita", continuou Ciro.
O governo vinha tentando convencer Coelho a segurar os preços para que a proposta sobre ICMS surtisse algum efeito nas bombas dos postos de abastecimento.
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