Presidente Jair BolsonaroReprodução

Brasília - O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta sexta-feira (22) que a Petrobras "certamente" vai anunciar uma nova queda no preço dos combustíveis. A declaração foi dada ao lado dos ministros Adolfo Sachsida (Minas e Energia) e Anderson Torres (Justiça e Segurança Pública), em um posto de combustível em Brasília.
"Se o petróleo Brent cair mais um pouquinho eu não vou falar que vai, mas certamente a Petrobras vai rever o preço para baixo", declarou o presidente. "Com diretoria antiga a gente não esperaria diminuir os R$ 0,20 de agora. R$ 0,20 nos combustíveis fazem diferença", acrescentou, voltando a defender que a Petrobras tem uma função social a cumprir.
Enquanto o presidente respondia às perguntas, ao menos duas pessoas gritaram "Fora, Bolsonaro" no posto de combustível.
Guerra
No posto, Bolsonaro ainda afirmou que a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) é o "lugar adequado" para "solucionar" a guerra entre Rússia e Ucrânia. A possibilidade de a Ucrânia aderir à Otan foi justamente o estopim para a invasão por parte de Moscou. "Você agora tem que se colocar no lugar do Zelenski e do Putin, para ver qual é a melhor saída para esse conflito", declarou Bolsonaro.
De acordo com o chefe do Executivo, Zelenski "desabafou muita coisa" na ligação telefônica que tiveram durante a semana. "Não retruquei, mantive posição de estadista", seguiu. "Nós não vamos aderir a sanções econômicas, continuamos em equilíbrio".
Redução no IPI
Bolsonaro também confirmou que o ministro da Economia, Paulo Guedes, pretende realizar um novo corte no IPI. A medida foi antecipada ontem pelo Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.
"Sim, o Paulo Guedes diz que é uma reindustrialização", afirmou Bolsonaro no posto de combustíveis de Brasília, após ser questionado se o Executivo anunciaria reduções no imposto sobre produtos industrializados.
Como mostrou reportagem do Broadcast, o governo prepara um novo decreto para reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). A ideia é substituir o corte anterior, que foi questionado no Supremo Tribunal Federal (STF).