O indicador acumulou taxa de inflação de 8% em 12 meses até julho, menor do que o avanço de 10,31% no período até maioMarcello Casal Jr/Agência Brasil

O Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) recuou 1,19% no fechamento de julho, após redução de preços de 0,44% na terceira quadrissemana e alta de 0,67% em junho. De acordo com os dados divulgados nesta segunda-feira, 1º, pela Fundação Getulio Vargas (FGV). 
O indicador acumulou taxa de inflação de 8% em 12 meses até julho, menor do que o avanço de 10,31% no período até maio. A queda mensal foi maior do que o piso da pesquisa Projeções Broadcast, que era -1,12% (mediana a -0,76% e teto, -0,46%).

Cinco das oito classes de despesa que compõem o IPC-S desaceleraram na variação entre a terceira quadrissemana de julho e o fechamento do mês, com destaque para Transportes (-2,88% para -4,81%), puxada por gasolina (-8,61% para -14,24%).

Educação, Leitura e Recreação (-1,31% para -4,06%), Habitação (-0,37% para -0,70%), Alimentação (1,50% para 1,34%) e Vestuário (0,59% para 0,47%) foram os outros grupos a registrar desaceleração no período. Nessas classes, houve alívio em passagem aérea (-6,92% para -19,81%), tarifa de eletricidade residencial (-3,51% para -5,13%), frutas (5,90% para 4,85%) e roupas femininas (0,37% para 0,04%), respectivamente.

Por outro lado, Saúde e Cuidados Pessoais (0,25% para 0,45%), Comunicação (-0,18% para -0,09%) e Despesas Diversas (0,28% para 0,30%) registraram avanço em suas taxas de variação. Nesses grupos, os itens mais influentes foram artigos de higiene e cuidado pessoal (-1,49% para -0,42%), combo de telefonia, internet e TV por assinatura (-0,30% para 0,29%) e cigarros (1,72% para 2,52%).

Variações de outros produtos

Gasolina (-8,61% para -14,24%), passagem aérea (-6,92% para -19,81%) e tarifa de eletricidade residencial (-3,51% para -5,13%) foram os itens que mais contribuíram para o recuo do IPC-S entre a terceira quadrissemana e o fechamento de julho. Tomate (-18,49% para -22,39%) e etanol (-9,83% para -11,02%) completam a lista.

Por outro lado, leite tipo longa vida (22,44% para 22,11%), plano e seguro de saúde (1,17% para 1,17%) e queijo mussarela (9,00% para 9,33%) foram os itens que mais pressionaram o indicador para cima, seguidos por refeições em bares e restaurantes (0,77% para 0,67%) e banana-prata (6,83% para 7,86%).
O IPC-S é calculado com base em preços coletados semanalmente em sete capitais: São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife e Salvador.