Preço de uma das marcas de arroz chegou a cair 66% Divulgação
Após isenção do ICMS, preço de arroz e feijão registra queda de 4% no Rio de Janeiro
Pesquisa do Procon-RJ mostrou que a maior redução ocorreu em Cabo Frio
O Procon Estadual do Rio de Janeiro realizou um levantamento de preços do arroz e do feijão, itens básicos da alimentação dos consumidores fluminenses. A pesquisa compara os valores de novembro de 2021 com os de julho e agosto de 2022 — antes e depois da isenção do ICMS — e demonstra que houve queda geral no preço dos dois produtos de 4% em todo o estado para a maioria das marcas de arroz e feijão.
A maior redução foi encontrada em Cabo Frio, que apresentou uma queda de 87% no preço de uma marca de feijão e 66% em uma de arroz. O abatimento médio na região ficou em 32%.
"O levantamento reforça o reflexo do impacto da lei que reduziu o ICMS e que é possível conseguir economizar se o consumidor realizar uma pesquisa de preços entre marcas e supermercados", avalia o presidente do Procon-RJ, Cássio Coelho.
A pesquisa foi realizada para verificar o impacto da Lei Estadual 9391/21, que concedeu a isenção do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) nas operações internas com arroz e feijão, e passou a valer no primeiro dia de novembro de 2021. Desde então, agentes do Procon-RJ monitoram os preços desses itens em 34 estabelecimentos em dez municípios: Rio de Janeiro, Barra do Piraí, Macaé, Mangaratiba, Cabo Frio, Campos dos Goytacazes, Niterói, Nova Iguaçu, Nilópolis e Nova Friburgo.
Análise da pesquisa
No município do Rio de Janeiro os preços de 12 marcas de arroz de 1 kg e 5 kg pesquisados em oito supermercados registraram queda na maioria dos produtos. O feijão nos supermercados variou entre -2% e -38% em todas as nove marcas avaliadas. Todos os itens comparados em Campo Grande apresentaram diminuição de preço entre 7% e 10%. A maior redução percentual foi observada em um mercado da Barra da Tijuca, em que uma marca de feijão estava 38% mais em conta. Os preços desses produtos caíram em média 3% no município.
Em Niterói, das duas marcas de arroz, houve redução de 12% de um produto de 5kg e redução de 7% no de 1kg. Já o feijão variou -13% e -14% em duas das três marcas pesquisadas. No geral, a média dos preços de arroz e feijão subiu 6% em Niterói.
O maior desconto encontrado para o arroz foi em Cabo Frio, em que o seu preço teve uma variação percentual para menos de 66% em uma marca pesquisada. Já o feijão mais barato teve uma variação percentual de -87%.
Em Barra do Piraí, o consumidor encontra redução de preço de 2% a 11% em dois mercados, entre as cinco marcas de arroz pesquisadas, enquanto o preço do feijão reduziu de 6% a 23% nas quatro marcas pesquisadas. A média da queda de preço nos mercados pesquisados da região ficou em menos 6%.
Em Campos dos Goytacazes, dos nove tipos de arroz pesquisados em quatro supermercados, apenas uma marca sofreu aumento de preço, e o consumidor encontrava preços mais em conta para o feijão de até 30% em um mercado e 40% para o arroz em um supermercado e, em média, uma redução geral de 3%.
A maior queda percentual do preço do arroz em Nova Iguaçu foi de 10%, e -13% no preço do feijão. Em Nilópolis foi observada redução de preços do arroz em 4% em apenas um mercado pesquisado, e uma majoração geral dos preços em 3%. Em Macaé a variação chegou a -27% no preço do arroz e -32% no preço do feijão. No geral, Macaé teve redução de 3% nos itens e mercados pesquisados.
Em Nova Friburgo o preço de uma marca de arroz apresentou redução de 11% em um mercado. Já o feijão chegou -21% em outro mercado. Em Mangaratiba, o arroz variou para menos 25% num mercado e 7% no outro. Já o feijão foi encontrado mais barato cerca de 6% em duas das marcas em um dos mercados pesquisados. Nesse município, a queda geral dos preços do arroz e feijão chegou a 13%.
Vale ressaltar que o preço é formado por variantes como quantidade em estoque, momento em que a pesquisa foi realizada, validade dos produtos, ofertas de determinados supermercados, entre outros fatores econômicos.
O Procon-RJ destaca ainda que nem todos os itens foram encontrados em todos os estabelecimentos verificados, e que o levantamento é um retrato da ocasião em que foi realizado o estudo. Os agentes da autarquia continuarão acompanhando o resultado da isenção do ICMS sobre esses produtos.
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