Tecnologia lançada em 2020 está perto de alcançar R$ 1 tri em transaçõesMarcello Casal Jr/Agência Brasil
A promessa do BC americano é de que o FedNow esteja disponível a instituições financeiras de todos os tamanhos nos EUA. O objetivo é conectar empresas e famílias americanas, facilitando os pagamentos em uma economia onde o cheque - que no Brasil praticamente desapareceu do dia a dia - ainda é presença frequente. "Juntamente com os nossos parceiros, estaremos prontos para lançar o FedNow entre maio e julho de 2023", afirmou a vice-presidente do Fed, Lael Brainard, em evento recente sobre pagamentos instantâneos.
Segundo ela, o FedNow deve transformar a forma como os pagamentos são feitos na maior economia do mundo, proporcionando "ganhos substanciais" para famílias e empresas por meio de transferências de dinheiro instantâneas. Assim como o Pix, a nova ferramenta vai funcionar 24 horas por dia, sete dias por semana.
"A disponibilidade imediata de dinheiro pode ser especialmente importante para famílias que administram suas finanças de salário em salário ou pequenas empresas com restrições de fluxo de caixa", disse Lael.
A autoridade monetária dos EUA ainda não revelou as expectativas para o FedNow. Segundo Lael, o número de empresas e famílias americanas que vão usar o "Pix americano" vai depender da quantidade de provedores de serviços financeiros que aderirem à nova infraestrutura de pagamentos da autarquia.
América Latina
Para Campos Neto, a atração de outros países se dá pelo baixo custo: "O Pix é muito barato, custou R$ 5 milhões para o Banco Central".
A medida - que começou a ser gerada ainda no governo do ex-presidente Michel Temer, como parte de uma agenda para aprimorar as ferramentas do BC - foi elogiada por instituições como o Banco de Compensações Internacionais (BIS, na sigla em inglês), uma espécie de banco central dos bancos centrais. A organização ressaltou "os menores custos e maior inclusão financeira" com a ferramenta, e destacou que ela despertou o interesse de outros países.
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