Petrobras segue há um mês com valor congelado e só deve voltar à paridade internacional após o 2º turno das eleiçõesMarcello Casal Jr/Agência Brasil

A diferença do preço do diesel vendido pela Petrobras em suas refinarias e da Acelen, única refinaria de grande porte privada do país, já chega a 17%, segundo levantamento do Observatório Social de Petróleo (OSP), divulgado na quarta-feira, 19. A estatal segue há um mês com o preço do diesel congelado e só deve voltar à paridade internacional após o segundo turno das eleições presidenciais, no próximo dia 30.

Em média, o valor do diesel vendido pela Petrobras, é de R$ 4,89 por litro, segundo o OSP, enquanto o da Acelen é de R$ 5,73 o litro. A empresa privada reajusta toda sexta-feira os seus combustíveis, para cima ou para baixo, desde que assumiu a Refinaria de Mataripe, ex-Landulpho Alves (Rlam), no final de 2021.
Na semana passada, foram concedidos aumentos entre 4,9% e 8,9%, para o diesel, dependendo do mercado atendido, enquanto a gasolina subiu cerca de 3%. De acordo com o levantamento do observatório, no caso da gasolina, a companhia e a refinaria privada estão praticando preços mais próximos, com a média de R$ 3,28 e R$ 3,88 por litro, respectivamente.

O diesel tem subido mais que a gasolina no mercado internacional com a proximidade do inverno no Hemisfério Norte, que aumenta a demanda, e pela continuidade da guerra entre a Rússia e a Ucrânia, que reduz a oferta global do combustível.