Alta nos preços das matrículas e mensalidades escolares vai impactar a inflação em janeiro Reprodução/Internet
Fipe mantém projeção para IPC de janeiro em 0,72%
A aceleração prevista para janeiro deve ser sustentada pela alta do grupo Educação (5,13%)
São Paulo - O avanço de 0,67% para 0,69% do Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe) na terceira quadrissemana de janeiro não alterou a projeção do analista técnico da Fipe Marcelo Pereira para o fechamento do índice no mês, que segue em 0,72%. Em dezembro de 2022, o IPC-Fipe registrou avanço de 0,54%.
De acordo com Pereira, a aceleração projetada para janeiro deve ser sustentada pela alta do grupo Educação (5,13%), resultado do período de reajuste no preço das matrículas e mensalidades escolares. Na terceira quadrissemana, os cursos regulares aceleraram de 2,86% para 4,89% e, na ponta, a alta registrada foi de 7,50%.
Nos cálculos do analista, cursos de ensino fundamental (3,50% para 6,72%) subiram 12,55% na ponta; no ensino médio (2,96% para 6,18%) a alta na ponta foi de 12,67%; no ensino superior (2,66% para 3,95%) o ponta foi de 5,15% e, na pós-graduação (1,42% para 4,18%) de 3,60%.
Em relação aos outros grupos do indicador, Pereira destaca o arrefecimento de Alimentação (1,07% para 0,89%) que, segundo ele, contribuiu para que o índice cheio não avançasse ainda mais "Temos observado uma recomposição de alimentos, como o frango (ponta de -4,91%), e os in natura, como cebola (ponta de -33,19%) e limão (ponta de -29,20%), que vinham de um período com preços bastante pressionados", afirma.
Em contrapartida, o avanço registrado na gasolina (0,70% para 1,23%), com alta de 0,64% na ponta, deve ser outro vetor de alta para o índice fechado em janeiro, segundo o analista.
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