Impostos federais sobre combustíveis foram zerados ainda no ano passadoMarcello Casal Jr/Agência Brasil
Depois de Lula vencer as eleições, Haddad criticou a isenção de impostos sobre combustíveis, afirmando que os tributos voltariam no governo petista. Logo no início do ano, porém, Lula editou uma MP colocando um período de transição para a reoneração. Segundo o texto, a cobrança sobre gasolina e álcool voltaria em março, enquanto o diesel seguiria desonerado até o final do ano.
Governo dividido
De acordo com cálculos do Ministério da Fazenda revelados pelo jornal "O Globo", o impacto da desoneração é de cerca de R$ 3 bilhões por mês aos cofres públicos, o que representa um custo maior do que o referente ao reajuste do salário mínimo e da faixa de isenção do Imposto de Renda somados.
Na semana passada, a deputada federal Gleisi Hoffmann, presidente do PT, usou as redes sociais para se posicionar de forma contrária à reoneração dos combustíveis. Para ela, os impostos só devem voltar após mudanças na política de preços da Petrobras.
"Impostos não são e nunca foram os responsáveis pela explosão de preços da gasolina que assistimos desde o golpe e no governo Bolsonaro/Guedes. Não somos contra taxar combustíveis, mas fazer isso agora é penalizar o consumidor, gerar mais inflação e descumprir compromisso de campanha", afirmou Gleisi.
Outras lideranças do PT, como o líder do PT na Câmara, deputado Zeca Dirceu, e o secretário nacional de comunicação no PT, deputado Jilmar Tatto, também se posicionaram a favor da prorrogação da desoneração de impostos sobre a gasolina.
Na reunião desta segunda, Lula deve arbitrar a decisão sobre o tema. Rui Costa deve representar a classe política do governo, enquanto Haddad e Jean Paul Prates devem mostrar os aspectos econômicos.
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.