O deputado Pedro Lupion (PP-PR) preside a Frente Parlamentar da AgropecuáriaAgência Câmara
Lupion diz que agro quer apoiar reforma tributária, mas não pode ser prejudicado
Presidente da FPA criticou a carga fiscal, o que onera o agronegócio
O presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado Pedro Lupion (PP-PR), afirmou nesta terça-feira, 28, que o setor agrícola quer apoiar a reforma tributária, mas, para isso, não pode ser prejudicado. O parlamentar rebateu acusações de que o agro paga pouco imposto e disse que a relação do governo com bancada ruralista tem de ser técnica, e não ideológica.
"Nós representamos um terço do PIB nacional, 25% dos empregos, a maioria das exportações do País. É um setor que precisa ser ouvido, respeitado e, principalmente, precisa ter a oportunidade de apresentar as preocupações em relação a essa próxima reforma tributária", declarou o parlamentar durante almoço com membros do grupo de trabalho da reforma criado na Câmara.
Lupion ressaltou que a FPA tem mais de 300 membros e disse que o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), deixou clara a dedicação pessoal que terá para aprovar a reforma tributária. Essa sinalização, segundo ele, foi dada quando Lira decidiu criar o GT, que é composto por 12 membros. O relator do grupo, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), e o coordenador, Reginaldo Lopes (PT-MG), participaram do almoço da FPA, na sede da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), em Brasília.
"Entendemos a necessidade de se reformar o sistema tributário brasileiro. A gente quer apoiar a reforma tributária. Mas, para apoiarmos a reforma tributária, não podemos ser prejudicado", afirmou o presidente da FPA. "A gente tem incidência tributária desde o primeiro momento, na preparação do solo, até a hora da exportação lá na frente, nos insumos todos que nós utilizamos", emendou.
O deputado afirmou que o agro não vive de subsídio, mas de produção agrícola. "Somos tributados em toda a cadeia produtiva. Seja na compra de sementes, de defensivo, na hora do insumo, nos equipamentos, nos combustíveis, na legislação trabalhista", reforçou, ao dizer que afirmação de que o agro é subtributado é "equivocada" e uma "guerra de narrativas".
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