No novo Minha Casa, Minha Vida, as famílias inseridas na Faixa 1, que vivem em áreas urbanas, precisam ter renda mensal bruta de até R$ 2.640,00 Divulgação

Brasília - O Ministério das Cidades publicou nesta quarta-feira, 8, no Diário Oficial da União (DOU) o reajuste na Faixa 1 do programa habitacional Minha Casa Minha Vida, que agora irá subsidiar moradias de quem ganha até R$ 140 mil anualmente e mora em áreas urbanas. Antes, esse teto era de R$ 96 mil. 
Para moradores de áreas rurais, também houve reajuste na Faixa 1, de R$ 36,6 mil para R$ 60 mil. A ideia do governo é alavancar ainda mais a parcela da construção civil na retomada do Produto Interno Bruto (PIB).
Tanto o governo quanto as construtoras consideravam o teto do programa baixo demais, o que dificultava a retomada de obras paralisadas. Na Faixa 1, cujo valor é subsidiado, o governo projeta voltar com a construção de 82.720 moradias, das quais 57.180 unidades urbanas, 18.392 rurais e outras 7.148 de entidades sem fins lucrativos.
Durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o programa estava sob responsabilidade do Ministério do Desenvolvimento Regional e priorizou as faixas superiores do programa e acabou com vários projetos inacabados.
O governo pretende iniciar o novo Minha Casa, Minha Vida, anunciado no mês passado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mas ainda sem data para sair do papel. O programa prevê a construção de 150 mil unidades novas, do zero, no Faixa 1.
Essas moradias que serão construídas do zero terão valor de até R$ 170 mil para as habitações urbanas e R$ 75 mil para as rurais.
No novo Minha Casa, as famílias inseridas na Faixa 1, que vivem em áreas urbanas, precisam ter renda mensal bruta de até R$ 2.640,00 — antes, eram R$ 1.800 mensais. Para serem classificadas como rurais, foi estabelecido uma renda bruta anual de R$ 31.380,00.