Alckmin elogiou a proposta de Haddad, que cria um novo arcabouço fiscal para substituir o teto de gastosAntonio Cruz/Agência Brasil
“Não pode voltar inflação. A inflação não é socialmente neutra: ela tira do mais pobre e põe para o mais rico”, afirmou.
"Temos inúmeros desafios, entre eles imposto e o custo do dinheiro, os juros altos. Mas o governo Lula está muito empenhado em fazer a reforma tributária. Vai simplificar cinco tributos em um único imposto, o IVA, que vai reduzir o custo Brasil", explicou o vice-presidente.
O ministro também demonstrou apoio ao projeto que regulamenta o mercado de créditos de carbono e parabenizou as atitudes do governo federal em busca de diminuir o desmatamento.
“Onde é que eu fabrico bem e barato e consigo compensar a emissão de carbono? E aí o Brasil, como disse o Mercadante, passa a ter uma oportunidade extraordinária para atrair investimentos de energia limpa e de redução de emissões”, prosseguiu.
O que esperar da Selic
De acordo com Pedro Oliveira, Tesoureiro do Paraná Banco Investimentos, o Copom terá dificuldades de reduzir a taxa de juros este ano. O Banco Central tem uma meta de inflação a cumprir, que é de 3,25% em 2023 e 3% em 2024-2025, porém as expectativas inflacionárias seguem acima da meta. Tanto o Focus quanto os modelos do Bacen estão com expectativas inflacionárias acima da meta para os próximos 2 anos; ou seja, para atingir o centro da meta, o Copom deverá manter a Selic inalterada, pelo menos até final de 2023.
Sobre o IPCA, em 2023 a inflação deve se manter pressionada e fechar acima de 6%, impactada pela reoneração dos combustíveis e a inflação de serviços, que continua acima de 7%. O núcleo de inflação, que exclui alimentação no domicílio e preços administrados, também continua alto, acima de 7%, mostrando que a inflação está disseminada e arrefecendo lentamente.
Se o BC mantiver a Selic no patamar atual até final de 2023, deve impactar positivamente a inflação de 2024, convergindo para a meta de 3%. Porém, se o ciclo de queda da Selic iniciar ainda este ano, a inflação de 2024 deve superar 4%.
Diante desse cenário, o crédito para pessoas físicas e empresas devem continuar com taxa elevada e com menos oferta no mercado, dado o aumento da inadimplência dos brasileiros. “O crédito consignado continua sendo a melhor opção para quem precisa de empréstimo, com uma das menores taxas de juros do mercado.”
Para os investidores, Oliveira ressalta que a renda fixa ainda será protagonista em 2023, sendo que os papéis pós-fixados são os mais recomendados. Quanto aos investimentos de até 3 anos, os títulos prefixados também são uma opção interessante para capturar a queda da taxa de juros.
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