Coleta de dados para a edição de março da Sondagem de Serviços foi realizada com 1.492 empresas entre os dias 1º e 28 do mêsAgência Brasil

O Índice de Confiança de Serviços (ICS) subiu 2,6 pontos na passagem de fevereiro para março, na série com ajuste sazonal, para 91,7 pontos, informou a Fundação Getúlio Vargas (FGV) nesta quinta-feira, 30. Em médias móveis trimestrais, o índice recuou 0,2 ponto.

"Após cinco meses de quedas consecutivas, a confiança do setor de serviços subiu. Apesar do resultado positivo, a confiança recupera apenas cerca de 20% do que foi perdido nos últimos meses. Há uma percepção de melhora disseminada nos dois horizontes temporais, mas ainda concentrada em alguns segmentos e por isso ainda é cedo para imaginar uma reversão da tendência negativa", diz Rodolpho Tobler, economista do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.
"Os efeitos da desaceleração econômica ainda se mantêm presentes com um nível de atividade ainda mais fraco influenciado pela manutenção das elevadas taxas de juros, resistência da inflação e incerteza político-econômica", avaliou Rodolpho Tobler.

Em março, o Índice de Situação Atual (ISA-S) subiu 2,1 pontos, para 93,1 pontos. O resultado foi influenciado pelos dois componentes que compõem o ISA-S: o volume de demanda atual aumentou 2,0 pontos, para 92,2 pontos, e a satisfação sobre a situação atual dos negócios avançou 2,1 pontos, para 93,9 pontos

O Índice de Expectativas (IE-S) subiu 3,0 pontos, para 90,4 pontos, influenciado tanto pelas perspectivas de demanda nos próximos três meses (alta de 3,2 pontos, para 90,3 pontos), quanto pelo componente de tendência dos negócios para os próximos seis meses (aumento de 2,8 pontos, para 90,6 pontos).

"Mesmo com esse último resultado positivo, o primeiro trimestre da confiança de serviços foi negativo, com queda marginal. Apesar de ser um setor que demorou mais a se recuperar e também a sentir a desaceleração da economia, esse já é o segundo trimestre de queda na confiança do setor e de forma disseminada, reforçando o cenário de atividade mais fraca para o setor. Até mesmo atividades que vinham se recuperando mais forte, como serviços prestados às famílias, mostram quedas mais intensas nesse início de 2023", completou a FGV.

A confiança dos serviços caiu 4,9 pontos no primeiro trimestre de 2023, após ter recuado 6,1 pontos no quarto trimestre de 2022.

A coleta de dados para a edição de março da Sondagem de Serviços foi realizada com 1.492 empresas entre os dias 1º e 28 do mês.