Alimentação natural para os petsShutterstock

Rio - A inflação é uma realidade diária dos brasileiros. As rações e demais alimentos para os animais de estimação, os pets, que fazem parte da vida de um número cada vez maior de pessoas, acompanhou a alta.
Matérias-primas básicas utilizadas na fabricação dos produtos, entre elas soja, milho e trigo, fez o preço da ração disparar, desestimulando em muitos casos a adoção, fato que preocupa protetores e ONGs.
A escalada dos preços mobilizou a bancada de Proteção Animal da Câmara dos Deputados e os resultados foram a apresentação do Projeto de Lei nº 2.116/2023 e da Indicação nº 467/2023, de autoria dos Deputados Federais Marcelo Queiroz (PP-RJ) e Matheus Laiola (União-PR), com objetivo de reduzir os impostos federais sobre os alimentos pet.
A design Érika Gerling tem seis gatos e um cachorro. Ela conta que sempre usou ração premium, para dar uma alimentação de melhor qualidade aos pets, mas, atualmente não consegue mais pagar por isso.
"Tive que trocar por uma ração mais barata, o que afeta diretamente a saúde dos animais. Lidar com essa inflação, tendo sete pets, só fazendo muita economia mesmo", explicou a design.
Ao longo dos últimos anos, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), a inflação sobre a alimentação animal superou o dobro da registrada entre alimentos e bebidas para os humanos.
"Colocar arroz e feijão na mesa já não tem sido uma tarefa fácil diariamente. Agora, imagina comprar ração para aproximadamente 100 cães e 200 gatos", desabafou, Rita de Cassia, que toca um projeto de animais na comunidade Lins Vasconcelos.
Além dos animais que tem em casa, Rita ainda alimenta os bichos abandonados na comunidade. "É uma luta diária, porque eles já veem atrás de comida na porta da minha casa. Infelizmente tem dias que todos ficam sem ração, é a nossa triste realidade."