Lula propôs maior integração econômica entre os países sul-americanosRicardo Stuckert/PR
Lula discursou em cúpula promovida por ele em Brasília com chefes de Estado da América do Sul. Na abertura do evento, saiu em defesa ainda do uso da poupança para o desenvolvimento, inclusive com uso de bancos públicos, como o BNDES.
"Sem prejuízo de outras propostas que discutiremos ao longo do dia de hoje, sugiro à consideração de vocês as seguintes iniciativas: colocar a poupança regional a serviço do desenvolvimento econômico e social, mobilizando os bancos de desenvolvimento como a CAF, o Fonplata, o Banco do Sul e o BNDES", declarou o presidente do Brasil, elencando itens. "Aprofundar nossa identidade sul-americana também na área monetária, mediante mecanismo de compensação mais eficientes e a criação de uma unidade de referência comum para o comércio, reduzindo a dependência de moedas extrarregionais", acrescentou
Convergência regulatória
"Sugiro Implementar iniciativas de convergência regulatória, facilitando trâmites e desburocratizando procedimentos de exportação e importação de bens. Ampliar os mecanismos de cooperação de última geração, que envolvam serviços, investimentos, comércio eletrônico e política de concorrência", declarou o presidente.
Ao longo de sua exposição inicial, Lula defendeu ações coordenadas para enfrentamento da mudança do clima, bem como a ampliação da cobertura vacinal na América do Sul.
"Sugiro retomar a cooperação na área de defesa com vistas a dotar a região de maior capacidade de formação e treinamento, intercâmbio de experiências e conhecimentos em matéria de indústria militar, de doutrina e políticas de defesa", acrescentou o presidente.
Lula voltou a dizer que a governança global tem mostrado dificuldade em oferecer respostas aos problemas da atualidade, o que demanda uma ação imediata dos presidentes da América do Sul. "Entre as muitas coisas que aprendi na política é que o mandato presidencial é muito mais curto do que aparenta. Não temos tempo a perder", seguiu o presidente, que está no terceiro mandato.
Unasul
Apesar da defesa da Unasul feita ao longo de todo o discurso, Lula concordou ser preciso avaliar o que não funcionou no bloco esquerdista que deseja retomar. "É essencial avaliar criticamente o que não funcionou e levar em conta essas lições", disse o presidente.
A volta da Unasul conta com a resistência de líderes de direita. O Brasil, por isso, aceita a negociação de um novo bloco multilateral que envolva todos os doze países da América do Sul
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