Marco do Saneamento impulsionou investimentos públicos e privados no setorMatheus Breda / PMBR

Os investimentos externos na área de saneamento quase triplicaram entre 2020-2022, alcançando o montante de R$ 90 bilhões, em comparação ao período de 1992 a 2000, quando os aportes chegaram a quase R$ 35 bilhões. Segundo um levantamento realizado pela Messe Muenchen do Brasil, com base em dados de órgãos públicos e empresas privadas, até 2033, o setor tem potencial de receber recursos da ordem R$ 580 bilhões.
Essa perspectiva positiva é resultado do novo modelo de negócios na área, definido pelo Marco Legal do Saneamento, promulgado em julho de 2020. A legislação trouxe facilidades para criação de instrumentos financeiros, processos de concessões privadas regulamentados, que são importantes para garantir segurança jurídica, e lucratividade para as operadores, atraindo investidores privados nacionais e internacionais.
Entre as áreas do saneamento que devem receber mais recursos estão a gestão de resíduos sólidos e soluções em recuperação energética, com cerca de R$ 227 bilhões até 2033, seguida pela drenagem e infraestrutura de saneamento, com R$ 178 bilhões, pela gestão de esgoto, com R$ 108 bilhões, e gestão de água, com quase R$ 67 bilhões.
O levantamento da Messe Muenchen do Brasil ainda prevê que a região Sudeste contará com o maior montante de investimento de cerca de R$ 261 bilhões. Na sequência estão o Nordeste (R$ 133 bilhões), o Sul (R$ 90 bilhões), o Norte (R$ 52 bilhões) e o Centro-Oeste (R$ 44 bilhões).