Nos horizontes mais longos, a mediana para o IPCA de 2025 também cedeu para 3,90% José Cruz/Agência Brasil
Considerando somente as 85 estimativas atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a mediana para 2023 variou de 5,49% para 5,26% Para 2024, por sua vez, a projeção de alta caiu de 4,10% para 4,00%, considerando 84 atualizações no período.
Apesar da nova queda, a mediana na Focus para a inflação oficial em 2023 ainda está acima do teto da meta (4,75%), apontando para três anos de descumprimento do mandato principal do Banco Central, após 2021 e 2022. Para 2024, a mediana supera o centro da meta (3,00%), mas está dentro do intervalo de tolerância superior, que vai até 4,50%.
Nos horizontes mais longos, a mediana para o IPCA de 2025 também cedeu para 3,90% após 10 semanas de estabilidade em 4,00%. Da mesma forma, houve queda na estimativa para 2026, de 4,00% para 3,88%. A meta para 2025 é de 3,00% (margem de 1,50% a 4,50%). Ainda não há objetivo definido para 2026.
Na avaliação do BC, a desancoragem observada nos prazos mais longos nos últimos meses está ligada ao debate sobre mudança da meta de inflação, levantado pelo governo. Há também questões ligadas ao risco fiscal, que tem diminuído com o andamento do novo arcabouço fiscal, reconhecem BC e mercado.
Na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) de maio, o BC manteve suas projeções para a inflação no cenário de referência com estimativas de 5,8% em 2023 e 3,6% para 2024. Em um cenário alternativo, em que a Selic fica estável por todo o horizonte relevante, as projeções da autoridade são de 5,7% para 2023 e 2,9% para 2024.
Meses
Os economistas do mercado financeiro baixaram consideravelmente a projeção para a alta do IPCA de junho no Boletim Focus após a surpresa desinflacionária com o índice de maio. A mediana passou de 0,30% para 0,20%, de 0,50% há um mês.
Para o IPCA de julho, a estimativa cedeu de 0,34% para 0,32%, contra a mediana de 0,37% um mês antes. Para agosto, a previsão para o indicador continuou em 0,23%, de 0,24% há quatro semanas
Já a expectativa para a inflação suavizada para os próximos 12 meses cedeu de 4,60% para 4,42%, de 4,99% há um mês.
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