Em termos nominais, que espelham a receita de vendas observadas pelo varejista, a retração foi de 0,3%Ludmila Lopes (RC24h) / Andréa Reys (RC24h)
Vendas no varejo caem 2,9% em maio, aponta ICVA
Efeitos do calendário praticamente não impactaram no período em comparação ao ano passado
As vendas no varejo em maio de 2023 caíram 2,9%, descontada a inflação, em comparação com igual mês de 2022, aponta o Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA). Em termos nominais, que espelham a receita de vendas observadas pelo varejista, a retração foi de 0,3%.
Os efeitos do calendário praticamente não impactaram em maio deste ano em comparação ao ano passado. Por um lado, houve um domingo a menos e uma quarta-feira a mais no mês de 2023. No entanto, em 2022, o feriado do Dia do Trabalho caiu em um domingo, enquanto neste ano foi em uma segunda-feira, o que anulou o efeito da troca de dias.
O macrossetor de Bens Duráveis e Semiduráveis, que recuou 10,2%, puxou o índice para baixo e o segmento de Vestuário e Artigos Esportivos foi o que apresentou a maior queda. Já Serviços caiu 7,0%, com influência negativa do segmento de Turismo e Transporte. O setor de Materiais para Construção também sofreu retração.
"É o segundo mês seguido de queda do Varejo. Nestes dois meses, o macrossetor de Bens Duráveis e Semiduráveis foi o principal responsável pelo resultado negativo. Em maio, dentro desse macrossetor, o segmento com a maior retração nas vendas foi Vestuário. Um dos motivos para isso foi o inverno fora de época em maio do ano passado, que antecipou as vendas de roupas de inverno, algo que não ocorreu neste ano", afirma Carlos Alves, vice-presidente de Produtos e Tecnologia da Cielo.
Bens Não Duráveis foi o único macrossetor que teve aumento de suas vendas: 2,6%. O destaque foi o crescimento do segmento de Postos de Combustíveis.
Ao ponderar o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) pelos setores e pesos do ICVA, a inflação do varejo ampliado acumulada em 12 meses em maio foi de 2,7%, com desaceleração em relação ao índice registrado no mês anterior.
Regiões
De acordo com o ICVA deflacionado e com ajuste de calendário, os resultados de cada região em relação a março de 2022 foram os seguintes: Sul (-0,3%), Norte (-1,1%), Nordeste (-2,5%), Centro-Oeste (-2,6%) e Sudeste (-3,8%).
Pelo ICVA nominal — que não considera o desconto da inflação — e com ajuste de calendário, os resultados de cada região foram os seguintes: Sul (+1,7%), Centro Oeste (-0,2%), Norte (-0,3%), Sudeste (-0,5%) e Nordeste (-1,6%).
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