Parcela do mercado que avalia que o governo tem a capacidade de aprovar a sua agenda no Congresso também subiuMarcelo Camargo/Agência Brasil
Essa mudança captura a aprovação da reforma tributária pela Câmara dos Deputados na última sexta-feira, 7, já que as entrevistas para a pesquisa foram conduzidas entre os dias 6 e 10 de julho.
O levantamento mostra ainda uma disparada na proporção dos que esperam que a economia melhore em um período de 12 meses à frente, de 13% em maio para 53% em julho. A parcela que espera piora da economia caiu de 61% para 21% no período, enquanto os que esperam que a economia fique do mesmo jeito permaneceram estáveis, em 26%.
A parcela do mercado que avalia que o governo tem a capacidade de aprovar a sua agenda no Congresso também subiu, de 10% para 27%, embora permaneça abaixo do registrado na primeira pesquisa do ano, em março (33%).
Para 45% do mercado, a falta de uma política fiscal que funcione é o principal entrave à melhora da economia, enquanto 21% citaram a baixa escolaridade e produtividade da população. Outros fatores citados foram "interesses eleitorais" (19%), taxa de juros alta (11%), medo da inflação (1%) e alto desemprego (1%).
Ao todo, 51% dos entrevistados consideram que a imagem do Brasil no exterior melhorou desde a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), enquanto 29% afirmam que ficou igual e 20%, que piorou.
A pesquisa fez 94 entrevistas com fundos de investimento sediados nos estados de São Paulo e do Rio de Janeiro, considerando 47% de gestores, 31% de economistas, 14% de traders, 5% de analistas e 3% de pessoas com outros cargos.
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