Queda da demana reflete a combinação de desaceleração econômica e crescimento das importaçõesDivulgação
Abiquim: consumo de produtos químicos de uso industrial caiu 4,6% no 1º semestre
Queda é expressiva e reflete a combinação de desaceleração econômica e crescimento das importações
O Consumo Aparente Nacional (CAN) de produtos químicos de uso industrial caiu 4,6%, em termos de volume no primeiro semestre deste ano, em comparação com o mesmo período de 2022, aponta o Relatório de Acompanhamento Conjuntural (RAC), feito pela Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim) em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).
Entre os componentes que integram o cálculo do CAN, o índice de produção caiu 9,73%, o de importações apresentou alta de 0,6% e de exportações diminuiu 3,9%. O índice de vendas internas teve recuo de 11,0%.
A queda é resultado do arrefecimento da atividade econômica a partir do final de 2022, mas sobretudo devido a impactos adversos da guerra entre Rússia e Ucrânia sobre a atividade do setor e da economia nacional e internacional como um todo. "Em meio ao cenário complicado em termos de volumes, soma-se a pressão pela redução de preços dos produtos químicos no mercado internacional", destaca a Abiquim em nota.
De janeiro a junho, o preço do produto importado caiu 28,2%, sobre a média de igual período do ano anterior. Esse comportamento também tem impactado os preços no mercado doméstico, que tiveram deflação, medida pelo IGP Abiquim-FIPE, de 9,0% entre janeiro e junho de 2023.
Como resultado, o nível de utilização da capacidade instalada ficou em 67%, cinco pontos abaixo do registrado em igual período do ano passado, de 72%, com fortes reflexos dos grupos intermediários para fibras sintéticas que passou de 75% no primeiro semestre de 2022 para 56% este ano). No mesmo período, solventes industriais saiu de 89% para 71%, e resinas termoplásticas passou de 77% para 69%.
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