Para 2024, o Relatório Focus mostrou manutenção da estimativa de crescimento do PIB de 1,30%Marcello Casal Jr/Agência Brasil
Mercado eleva projeção de crescimento do PIB do Brasil em 2023
Segundo o Boletim Focus, estimativa passou de 2,24% para 2,26%
O Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira, 7, trouxe melhora na projeção de crescimento econômico para este ano. A mediana para a alta do Produto Interno Bruto (PIB) em 2023 passou de 2,24% para 2,26%, contra 2,19% há um mês. Considerando apenas as 32 respostas nos últimos cinco dias úteis, a estimativa para o PIB no fim de 2023 passou de 2,21% para 2,33%.
Para 2024, o Relatório Focus mostrou manutenção da estimativa de crescimento do PIB de 1,30%, ante 1,28% de um mês atrás. Considerando apenas as 29 respostas nos últimos cinco dias úteis, a estimativa para o PIB de 2024 passou de 1,25% para 1,32%.
Em relação a 2025, a mediana continuou em 1,90%, ante 1,80% de quatro semanas antes. O Boletim ainda trouxe a estimativa de crescimento para 2026, que avançou de 1,97% para 2,00%, contra 1,88% de um mês atrás.
O Ministério da Fazenda aumentou sua projeção oficial para o PIB deste ano, de 1,9% para 2,5%, em meados de julho. No Banco Central, a estimativa atual é de 2,0%, conforme o Relatório Trimestral de Inflação (RTI) de junho.
O Boletim Focus mostrou, ainda, um cenário de alteração nas projeções para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB em 2023, que passou de 60,40% para 60,60%, mesmo porcentual de um mês atrás.
Para o déficit primário em relação ao PIB este ano, a mediana seguiu em 1,00%, repetindo a mediana de um mês antes. O Ministério da Fazenda sustenta que deve entregar um resultado deficitário de 1,0% do PIB em 2023, ou menor. Já a estimativa para o déficit nominal este ano passou de 7,45% para 7,48% do PIB, de 7,70% há um mês.
O resultado primário reflete o saldo entre receitas e despesas do governo, antes do pagamento dos juros da dívida pública. Já o resultado nominal reflete o saldo já após as despesas com juros
Para 2024, a estimativa para a dívida líquida variou de 63,90% para 64,00%, mesma mediana de quatro semanas antes. Já o déficit primário esperado para 2024 se manteve em 0,80%, longe da meta prevista pelo governo de resultado neutro (0% do PIB). O déficit nominal projetado na Focus também permaneceu em 6,90% do PIB. Há um mês, os porcentuais eram de 0,80% e 7,00%.
Déficit em c/c
Os economistas do mercado financeiro elevaram marginalmente a estimativa de déficit em conta corrente do balanço de pagamentos para 2023 no Boletim Focus desta semana.
A projeção deficitária variou de US$ 42,90 bilhões para US$ 43,00 bilhões, ante US$ 43,07 bilhões de um mês atrás. Para o próximo ano, a estimativa de déficit foi alterada de US$ 50,00 bilhões para US$ 48,68 bilhões, ante US$ 50,40 bilhões há quatro semanas.
Em relação ao superávit da balança comercial em 2023, a projeção avançou de US$ 66,00 bilhões para US$ 67,00 bilhões, contra US$ 64,00 bilhões há um mês. Para 2024, a mediana superavitária permaneceu em US$ 60,00 bilhões, de US$ 57,85 bilhões quatro semanas antes.
Os analistas consultados semanalmente pelo BC avaliam que o ingresso de Investimento Direto no País (IDP) será mais do que suficiente para cobrir o rombo em transações correntes neste e no próximo ano.
A mediana das previsões para o IDP em 2023 permaneceu em US$ 80 bilhões, de US$ 79,50 bilhões há um mês. Para 2024, a estimativa foi mantida em US$ 80,00 bilhões pela 27ª vez.
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