Roberto Campos Neto, atual presidente do Banco Central Geraldo Magela/Agência Senado
Durante o evento, o presidente do BC lembrou de movimentos cambiais bastante diferentes nos últimos anos. Houve momentos, pontuou, nos quais o real se depreciou a despeito da redução do risco, como no período de "overhedge", que elevou as compras de dólares. Posteriormente, a desvalorização cambial esteve associada à piora na percepção de risco fiscal.
Agora, pontuou Campos Neto, o câmbio está sendo guiado pelo aumento do diferencial com os juros americanos, já que há bons títulos privados nos Estados Unidos pagando 7% ao ano, atraindo assim investidores, em paralelo à desaceleração da economia chinesa, a qual o Brasil tem alta exposição.
Conforme o presidente do BC, ao mesmo tempo em que exporta desinflação, a perda de tração da China gera questionamentos sobre o crescimento do Brasil.
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