O maior número de inadimplentes concentra-se na faixa etária de 41 a 60 anosFoto: Freepik - Uso gratuito
Indicador de registro de inadimplentes cai 0,5% em julho ante junho, mostra Boa Vista
Resultado ocorreu após um aumento de 0,4% em junho
São Paulo - O número de registros de inadimplentes recuou 0,5% em julho na comparação com junho, de acordo com dados dessazonalizados da Boa Vista, empresa brasileira de inteligência analítica. O resultado ocorreu após um aumento de 0,4% em junho na mesma base de comparação e fez com que o indicador recuasse 1,7% no trimestre móvel encerrado em julho.
Na série com os dados originais, a empresa aponta que o resultado "continua positivo, mas o ritmo não é mais o mesmo de antes". Na comparação interanual foi observada elevação de 2,8% em julho, o que contribuiu para desacelerar o resultado acumulado no ano, de 13,3% de janeiro a junho para 11,9% quando considerados os dados de julho.
O indicador se manteve numa trajetória de crescimento desacelerado em 12 meses acumulados, passando de 20,0% em junho para 18,8% na aferição atual. O economista da Boa Vista Flávio Calife destaca que a queda no número de registros - a terceira nos últimos quatro meses - "reforça a ideia que tínhamos de que o pior momento ficou para trás".
"Se olharmos para os fatores condicionantes, tanto para os registros, quanto para a taxa de inadimplência, somente o comprometimento da renda ainda não melhorou, mas isso pode mudar um pouco daqui em diante em função do Desenrola, já que as dívidas estão sendo renegociadas com descontos e condições mais adequadas", pontuou Calife. Para ele, se os dados manterem a atual trajetória, "é possível que a taxa comece a ceder".
Já o Indicador de Recuperação de Crédito da Boa Vista avançou 1,5% na comparação mensal e encerrou o trimestre móvel com recuo de 1,3% de acordo com os dados dessazonalizados. Em relação ao mês de julho do ano passado foi verificado um aumento de 21,6% e isso contribuiu para acelerar os resultados acumulados.
No ano a Recuperação de Crédito aponta alta de 16,8% e na variação acumulada em 12 meses o crescimento é ainda maior, de 19,6%.
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