Dario Durigan, secretário-executivo do ministério da FazendaMarcelo Camargo/Agência Brasil
"Estamos considerando uma alíquota mínima conforme as empresas têm proposto ao governo, em torno de 20%, mas essa definição não foi feita pelo governo e estamos partindo de um piso que as próprias empresas têm, no debate, sugerido ao governo federal", disse Durigan em coletiva sobre a MP da Subvenção.
Sobre a alíquota, o secretário disse que a preocupação do governo é, com base nos dados de fiscalização da Receita, estabelecer um valor razoável e que garanta isonomia tributária entre o e-commerce e o varejo nacional.
O montante estimado na proposta de lei orçamentária também leva em consideração o aumento exponencial da fiscalização. De acordo com o secretário, a Receita Federal já está mapeando 20% das compras internacionais e o objetivo é ampliar a fiscalização para fechar 2023 próximo de 100%.
O acirramento da fiscalização também ensejará responsabilização criminal para os responsáveis pelas plataformas de e-commerce.
"O número trazido na PLOA reflete um aumento da fiscalização, de garantir que a lei seja aplicada e respeitada. A lei hoje determina que quem não aderir à remessa fiscal tem 60% de alíquota federal, para além dos 17% de alíquota estadual que não entram na PLOA. Dentro da discussão que vamos fazer, empresas estão sugerindo alíquota mínima do ponto de vista federal para garantir isonomia com o varejo brasileiro, para que todos operem no Brasil e haja concorrência", reiterou o secretário.
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