Para 2024, projeta alta de 3,6%Reprodução: redes sociais
OCDE eleva projeção para alta do PIB do Brasil em 2023, de 1,7% para 3,2%
Organização também lembra que o Banco Central já começou a reduzir as taxas de juros
A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) reviu para cima sua expectativa para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil neste ano, de 1,7% esperado em junho a 3,2% agora, em seu Relatório Interino de Perspectiva Econômica trimestral, divulgado nesta terça-feira, 19. Para 2024, ela reviu a previsão de alta de 1,2% a 1,7%.
O documento faz poucas menções ao Brasil, mas nota que até agora o país tem exibido surpresas positivas em suas projeções de crescimento neste ano, "com a ajuda de resultados agrícolas favoráveis relacionados ao clima".
A OCDE também lembra que o Banco Central do Brasil já começou a reduzir as taxas de juros, em trecho sobre política monetária global.
PIB da Argentina e do México
Para o PIB da Argentina, a projeção para este ano passou de contração de 1,6% a uma queda de 2,0%. Para 2024, em junho ela esperava avanço de 1,1%, mas espera agora recuo de 1,2%.
O México, por sua vez, teve revisão em alta no PIB neste ano, de um crescimento de 2,6% a um avanço de 3,3%. Para 2024, ela passou de 2,1% a 2,5%.
Rússia, Turquia e África do Sul
A OCDE espera agora que o PIB da Rússia cresça 0,8%, quando em junho projetava contração de 1,5%. Para 2024, projeta alta de 0,9%, sendo que em junho também previa contração, de 0,4%. A melhora ocorre mesmo no atual contexto da guerra na Ucrânia. Em seu relatório, a organização diz que a Turquia deve crescer 4,3% neste ano e 2,6% em 2024.
Já a África do Sul terá altas de 0,6% e 1,1% em seu PIB em 2023 e 2024, respectivamente, acredita a OCDE.
Inflação de Brasil e Argentina
A OCDE projeta que a inflação ao consumidor no Brasil tenha crescimento de 4,9% neste ano, revisão ante a expectativa de 5,6% do relatório de junho. Para 2024, projeta alta de 3,6% (de 4,7% anteriormente).
Já na Argentina, a OCDE espera 118,6% de inflação neste ano e 121,3% em 2024, com revisão para cima nos dois casos, de 11,7 pontos porcentuais em 2023 e de 33,0 pontos no ano que vem.
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